Coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe lança livro com tecnologias de prevenção de raios (foto: divulgação)

Inimigo eletromagnético
08 de abril de 2005

Osmar Pinto Júnior, do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, lança livro com tecnologias de prevenção de raios. Objetivo é mostrar como as empresas podem minimizar o prejuízo causado pelas descargas elétricas, que supera R$ 500 milhões por ano

Inimigo eletromagnético

Osmar Pinto Júnior, do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe, lança livro com tecnologias de prevenção de raios. Objetivo é mostrar como as empresas podem minimizar o prejuízo causado pelas descargas elétricas, que supera R$ 500 milhões por ano

08 de abril de 2005

Coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe lança livro com tecnologias de prevenção de raios (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Um guia prático com técnicas de detecção de raios foi lançado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na quarta-feira (6/4), em São José dos Campos (SP). O objetivo da publicação é colaborar com a redução de prejuízos causados pelas descargas elétricas.

O livro A arte da guerra contra os raios, escrito pelo pesquisador Osmar Pinto Júnior, mostra como as empresas brasileiras podem minimizar um prejuízo que supera R$ 500 milhões por ano. "Considerando que o grande inimigo das empresas do setor elétrico são os raios, resolvemos reunir algumas estratégias de defesa a serem adotadas", disse o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat/Inpe), à Agência FAPESP.

No livro, o autor mostra que uma das melhores armas para enfrentar o "inimigo eletromagnético" é a Rede Integrada Nacional de Detecção de Descargas Atmosféricas (Rindat), um sistema de detecção de descargas atmosféricas que capta a radiação dos raios por meio de sensores espalhados pelo Brasil.

"A ferramenta permite que as empresas monitorem os raios em tempo real, para mapear com precisão as regiões de maior incidência de descargas no país", explica Pinto Júnior. A Rindat, operada pelo Inpe, conta com 31 sensores nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O pesquisador conta que até o final do ano estarão em funcionamento mais 21 sensores, cobrindo todas as regiões.

O território brasileiro é atingido todos os anos por uma média de 60 milhões de raios. O país é o líder mundial em números absolutos. Para Pinto Júnior, as medidas propostas no livro deveriam ser adotadas com certa urgência. "O problema tende a se agravar no futuro", disse.

Um modelo numérico, desenvolvido pelo Inpe, permitiu calcular a incidência de raios nos próximos anos. "De acordo com a previsão, o Estado de São Paulo terá um aumento de 30% na incidência de raios até 2030, o que poderá causar um crescimento de aproximadamente 300% nos prejuízos das empresas paulistas", alerta.

O pesquisador aposta em três motivos climatológicos para justificar esse aumento: "O crescimento desordenado dos centros urbanos, os fenômenos La Niña e El Niño e o aquecimento global".


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