Evento será realizado segunda-feira na Alesp, com transmissão simultânea pelo YouTube. As inscrições estão abertas (foto: Freepik)
Evento será realizado segunda-feira na Alesp, com transmissão simultânea pelo YouTube. As inscrições estão abertas
Evento será realizado segunda-feira na Alesp, com transmissão simultânea pelo YouTube. As inscrições estão abertas
Evento será realizado segunda-feira na Alesp, com transmissão simultânea pelo YouTube. As inscrições estão abertas (foto: Freepik)
Agência FAPESP – O Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação apresentará na segunda-feira (21/08) um painel sobre a inclusão digital no campo. A agricultura brasileira se destaca pela incorporação de práticas e processos tecnológicos de precisão, uso de máquinas inteligentes guiadas por GPS e sensores sofisticados de previsão climática, o que tem permitido ganhos de produtividade e sustentabilidade. Mas é consenso entre os pesquisadores que, para o país aumentar sua participação no mercado global da agricultura e da bioeconomia, é necessário muito mais. Atualmente, um dos grandes gargalos do setor é a diferença entre os grandes, médios e pequenos produtores. Os menores não têm acesso às novas tecnologias e padecem de falta de capacitação e conectividade. Para ter uma ideia, apenas 23% das áreas rurais têm cobertura de internet no Brasil.
Segundo Silvia Massruhá, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a transformação digital impulsionou a formação de startups agrícolas, que contribuem para o desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos. A expectativa é que elas possam oferecer soluções que possibilitem a redução das disparidades existentes.
“O Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital [CCD-AD/SemeAr] está trabalhando nesse sentido”, diz. O centro é resultado da união entre Embrapa Agricultura Digital, FAPESP e um conjunto de instituições que têm como objetivo levar soluções baseadas em conectividade e tecnologias digitais para pequenos e médios produtores, com apoio de empresas e órgãos de governo.
Alberto Paradisi, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) – organização privada que desenvolve inovações em tecnologias da informação e comunicação –, vai abordar os resultados do projeto-piloto do SemeAr em São Miguel Arcanjo (SP). O Distrito AgroTecnológico ali instalado funciona como um núcleo para a interação com os produtores rurais, atendendo uma área geográfica com cerca de 330 agricultores de pequeno e médio porte. Esses produtores enfrentam dificuldades múltiplas, mas principalmente a deficiência da conectividade na região e a intermediação na cadeia de comercialização de seus produtos. "A partir de agora pretendemos disseminar a iniciativa para outras regiões do Estado de São Paulo e do país", diz.
Mais de 70% dos cultivos agrícolas dependem de polinização realizada por abelhas, o que torna esse serviço ecossistêmico essencial para a agricultura. Andresa Berretta, pesquisadora e empreendedora apoiada pelo programa PIPE-FAPESP, apresentará o trabalho que a sua startup desenvolve para melhorar as condições de cultivo. A AgroBee conecta apicultores com agricultores que necessitam de abelhas para a polinização de suas lavouras por meio de um aplicativo. Por isso, a empresa se tornou conhecida como “uber das abelhas”.
“Também fazemos um trabalho de conscientização dos agricultores da importância do cuidado no manejo para evitar a mortalidade dos polinizadores que estão na propriedade porque as abelhas aumentam a produtividade e a qualidade dos frutos gerados”, diz.
Dirigido à sociedade, legisladores, gestores públicos e demais interessados, o encontro será realizado entre 15h e 17h15 no auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), com transmissão simultânea pelo YouTube. Durante o debate, o público terá a oportunidade de acompanhar os avanços na área e fazer perguntas. As inscrições podem ser feitas pelo site da Alesp.
(Imagem de Freepik)
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