Pesquisa realizada por um grupo internacional e publicada esta semana no Annals of Oncology mostra que as taxas da doença caíram 50% nos países da União Européia entre 1980 e 1999
Pesquisa realizada por um grupo internacional e publicada esta semana no Annals of Oncology mostra que as taxas da doença caíram 50% nos países da União Européia entre 1980 e 1999
Como a queda de até 50% registrada nos países da União Européia entre 1980 e 1999 foi observada em pessoas jovens ou de meia idade, os cientistas afirmam que é mais provável que esse decréscimo dos índices continue. A estimativa feita pelos pesquisadores é de que a média anual de mortes por causa de tumores no estomâgo na Europa, hoje em 157 mil, deva cair para 15 mil em dez anos.
O estudo, publicado na periódico Annals of Oncology, investigou também como está a situação fora dos países da União Européia. Apesar de um pouco menor, a mesma queda foi observada no leste europeu, por exemplo. A taxa média encontrada pelos cientistas naquela região ficou nos 45%. Na Rússia, onde os casos de câncer de estômago são um grave problema de saúde, a queda ficou em 40%.
Os pesquisadores ainda não têm uma explicação única para o fenômeno. Apesar de a questão ainda estar em aberto, algumas causas foram consideradas importantes para a caracterização do problema.
"Dietas mais variadas, a melhor conservação dos alimentos nos últimos 50 anos e o melhor controle das infecções causadas pela bactéria Helicobater pylori (que causa úlcera e gastrite), além da diminuição no uso do cigarro, são variáveis que devem ser consideradas", disse o italiano Carlo La Vecchia, do Instituto Mario Negri, de Milão, e um dos autores do artigo.
A melhoria das técnicas de diagnóstico foi outro item apontado pelos pesquisadores como fundamental para se tentar explicar a diminuição dos casos de câncer de estômago entre os europeus.
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