Impulso nuclear
10 de outubro de 2005
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear de Belo Horizonte vai iniciar um processo de licitação internacional para a aquisição de um aparelho cíclotron. O equipamento é responsável pela produção de radiofármacos para o diagnóstico precoce de câncer e de doenças cardíacas e neurológicas
Impulso nuclear
Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear de Belo Horizonte vai iniciar um processo de licitação internacional para a aquisição de um aparelho cíclotron. O equipamento é responsável pela produção de radiofármacos para o diagnóstico precoce de câncer e de doenças cardíacas e neurológicas
10 de outubro de 2005
Agência FAPESP - Mais impulso para a medicina nuclear. O edital internacional para aquisição de um cíclotron, aparelho responsável por produzir radiofármacos e o diagnóstico precoce de vários tipos de câncer e de doenças cardíacas e neurológica, foi lançado de forma simbólica na quinta-feira (6/10), pelo Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Belo Horizonte, Minas Gerais. Segundo a assessoria do órgão, ainda nesta semana o documento pronto deve ser divulgado pela internet.
O novo instrumento será instalado em 2006 na capital mineira. A unidade será composta por um acelerador de partículas cíclotron, uma unidade de radiofarmácia e um sistema de controle de qualidade. Haverá ainda a montagem de laboratórios de apoio, ambientalmente controlados e limpos. Esses investimentos devem somar R$ 11 milhões. Os recursos deverão ser liberados pelo governo federal.
Quando estiver em funcionamento, o cíclotron deverá produzir radiofármacos de meia-vida curta, os primeiros a serem produzidos em Minas Gerais. Esses compostos serão utilizados em tomografia por emissão de PET (Positron Emission Tomography), na sigla em inglês.
Esses exames são uma das ferramentas médicas mais potentes para o diagnóstico médico e são considerados como fundadores de uma nova etapa na medicina nuclear. Essa tecnologia tem ampla aplicação na oncologia, em especial no estudo de tumores em estágios iniciais de desenvolvimento. Também tem aplicações no diagnóstico de doenças coronarianas ou isquêmicas e na neurologia, sendo útil ainda na doença de Alzheimer.
A tecnologia PET introduz uma mudança de paradigma no que se refere ao diagnóstico por imagem. Enquanto as técnicas tradicionais fornecem apenas informações anatômicas e morfológicas, a PET possibilita estudos diretos das funções metabólicas e da bioquímica molecular, diagnosticando precocemente doenças e anomalias.
O site do CDTN é: www.cdtn.br
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