IPT lançará, na próxima quinta-feira (30/11), o livro Pioneirismo nos Céus, que conta a história da contribuição dada à indústria aeronáutica brasileira pela divisão de pesquisa aeronáutica do instituto (foto: reprodução)
IPT lançará, na próxima quinta-feira (30/11), o livro Pioneirismo nos Céus, que conta a história da contribuição dada à indústria aeronáutica brasileira pela divisão de pesquisa aeronáutica do instituto
IPT lançará, na próxima quinta-feira (30/11), o livro Pioneirismo nos Céus, que conta a história da contribuição dada à indústria aeronáutica brasileira pela divisão de pesquisa aeronáutica do instituto
IPT lançará, na próxima quinta-feira (30/11), o livro Pioneirismo nos Céus, que conta a história da contribuição dada à indústria aeronáutica brasileira pela divisão de pesquisa aeronáutica do instituto (foto: reprodução)
Agência FAPESP - A história da indústria aeronáutica brasileira, que começou a decolar na década de 1930, confunde-se com a trajetória da pesquisa aeronáutica então realizada em São Paulo. A saga dos cientistas, engenheiros, projetistas e pilotos que mostraram sua capacidade de desenvolvimento e inovação é contada no livro Pioneirismo nos Céus: a História da Divisão de Aeronáutica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) entre 1934 e 1957.
A publicação é resultado de um trabalho do historiador Roney Cytrynowicz, que utilizou arquivos fotográficos e documentos do Centro de Memória do IPT para contar a história, até agora desconhecida, dos profissionais que deram o impulso inicial na pesquisa aeronáutica brasileira.
Para Vahan Agopyan, presidente do IPT, a principal motivação do livro é resgatar a história dos pioneiros paulistas. "Temos que dar os créditos a eles, porque foram capazes de realizar um verdadeiro desenvolvimento tecnológico. Naquele período o Brasil esteve na vanguarda internacional", disse à Agência FAPESP.
Para Agopyan, o mérito dos pioneiros foi o de inaugurar um novo capítulo na aviação. Se em 1906 o vôo do 14-Bis, projetado por Alberto Santos Dumont, marcou o início de uma era de inovação, a construção de planadores na Seção de Madeiras do IPT, em 1934, iniciou uma era de desenvolvimento. Vários modelos desenvolvidos ali foram produzidos pela indústria.
"Não se tratava mais de invenção. Foi um trabalho científico que abarcou todo o processo de produção, desde o desenvolvimento de madeira compensada até o design de modelos, hélices e a fabricação de aeronaves. Um trabalho desenvolvido por profissionais que demonstraram alta capacidade criativa e entusiasmo pelo conhecimento que é um orgulho para o Brasil", disse Agopyan, que é membro do Conselho Superior da FAPESP.
Planadores e aviões
A Seção de Madeiras do IPT começou a desenvolver em 1934 materiais para a construção de aeronaves para o Club Paulista de Planadores. Mais tarde, tornou-se a Seção de Madeiras e Aeronáutica e, por fim, a Divisão de Aeronáutica do IPT.
Além da classificação de madeiras para a construção de aviões, o livro narra a participação do instituto no projeto e construção de protótipos de 17 planadores e aviões, em projetos de aeroportos e na fabricação de centenas de hélices que supriram boa parte das necessidades do país durante a Segunda Guerra Mundial.
O instituto deu suporte técnico à fundação e ao desenvolvimento da Companhia Aeronáutica Paulista para a fabricação de centenas de unidades do "Paulistinha", que popularizou a aviação no Brasil durante o mesmo período. Entre 1957 e 1958, a Divisão deixou o IPT e passou a ser subordinada à Diretoria de Aeroportos, da Secretaria de Viação do Estado.
A cerimônia de lançamento do livro será na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37), em São Paulo, no dia 30 de novembro, às 10h, e terá a participação da secretária de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Maria Helena Guimarães de Castro, do diretor-presidente do IPT, Vahan Agopyan, e do diretor da Escola Politécnica da USP, Ivan Gilberto Sandoval Falleiros.
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