Cientistas canadenses identificam, em testes feitos em camundongos, o papel fundamental que o gene beta 1-integrina tem no desenvolvimento da doença. Ao removerem o gene, os tumores pararam de crescer
Cientistas canadenses identificam, em testes feitos em camundongos, o papel fundamental que o gene beta 1-integrina tem no desenvolvimento da doença. Ao removerem o gene, os tumores pararam de crescer
"Nosso estudo mostrou que bloquear a função desse gene impede a proliferação do tumor", disse o líder da pesquisa, William Muller, da Universidade McGill. "Também verificamos que, no modelo de câncer de mama que utilizamos, células tumorais não crescem sem a presença do beta 1-integrina."
Os testes foram feitos em camundongos e os resultados publicados na edição de agosto do periódico Cancer Cell.
"Esses resultados demonstram a importância do gene na biologia tumoral. O próximo passo é descobrir terapêuticas que possam bloquear a ação desse gene em humanos", disse o pesquisador, em comunicado da universidade canadense.
Os cientistas utilizaram camundongos com tendência a adquirirem câncer de mama para demonstrar o papel da beta 1-integrina. Inicialmente, mostraram que a remoção do gene não afetava o desenvolvimento mamário normal dos animais. Em seguida, observaram que se o gene fosse removido de tumores em desenvolvimento esses paravam de crescer.
"Estamos em um momento importante na pesquisa do câncer de mama. Quanto mais atores e fatores descobrirmos, mais perto estaremos da cura da doença", disse Don White, da Universidade McMaster, outros dos cientistas responsáveis pelo estudo.
O artigo Targeted disruption of β1-integrin in a transgenic mouse model of human breast cancer reveals an essential role in mammary tumor induction, de Donald E. White, Natasza A. Kurpios, Dongmei Zuo, John A. Hassell, Sandra Blaess, Ulrich Mueller e William J. Muller, pode ser lido no site da Cancer Cell, em www.cancercell.org
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