Existe atualmente no Brasil uma demanda da ordem de 90 mil stents coronarianos por ano

Implante vital
19 de abril de 2005

Primeiro stent nacional produzido a laser vai reduzir o custo de terapias cardíacas. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

Implante vital

Primeiro stent nacional produzido a laser vai reduzir o custo de terapias cardíacas. Leia na reportagem da nova edição da revista Pesquisa FAPESP

19 de abril de 2005

Existe atualmente no Brasil uma demanda da ordem de 90 mil stents coronarianos por ano

 

Por Yuri Vasconcelos

Revista Pesquisa FAPESP - Dominar a tecnologia de produção de stents coronarianos pode levar o Brasil a participar do grupo de países que fabricam esses dispositivos, inseridos em veias ou artérias por meio de cirurgias de angioplastia com o objetivo de desobstruí-las para que o sangue flua normalmente.

O primeiro passo para a produção nacional dessas próteses foi dado no começo de março no Instituto do Coração (InCor), de São Paulo, com a colocação de um stent na artéria de um coelho. A pequena peça metálica foi desenvolvida pela empresa paulistana LaserTools, que a produziu por meio de feixes de laser. O procedimento representou o início de um longo processo de ensaios clínicos que culminarão com testes em humanos dentro de aproximadamente um ano.

Só então, caso os resultados sejam satisfatórios, o dispositivo será liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso comercial. "Estamos confiantes de que isso vá acontecer em dois ou três anos. Até lá, teremos que vencer algumas barreiras", diz o físico e pesquisador Spero Penha Morato, sócio da LaserTools.

A fabricação desse implante é de grande importância, porque existe atualmente no Brasil uma demanda da ordem de 90 mil stents coronarianos por ano e todos os dispositivos implantados são importados.

A fabricação dos stents pela LaserTools faz parte dos objetivos da empresa há sete anos. "Percebemos a possibilidade de produzir esses implantes metálicos biocompatíveis desde a criação da empresa em 1998", diz Morato. "Mas, para conseguir desenvolver o dispositivo, tivemos que criar uma rede de parceiros, porque o corte a laser, que é nossa especialidade, é apenas o primeiro passo para fabricação do produto. Depois disso virá a fase de desenvolvimento para chegarmos a um stent igual ou superior aos modelos importados, que são recobertos por fármacos", diz o pesquisador.

Esse recobrimento serve para evitar a proliferação de tecido da cicatriz da parede da artéria que venha a causar uma nova obstrução do vaso, mesmo com a presença do stent.

Clique aqui para ler o texto completo na edição 109 de Pesquisa FAPESP.

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