Nasa comemora sucesso da missão: projétil com 1 metro de diâmetro e 370 quilos atingiu com precisão o cometa Tempel 1 às 2h52 desta segunda (4/7)
(foto:NASA)

Impacto fulminante
05 de julho de 2005

Projétil disparado pela nave Deep Impact atinge em cheio o cometa Tempel 1, a 130 milhões de quilômetros da Terra. Dados devem ampliar conhecimento sobre a origem do Sistema Solar

Impacto fulminante

Projétil disparado pela nave Deep Impact atinge em cheio o cometa Tempel 1, a 130 milhões de quilômetros da Terra. Dados devem ampliar conhecimento sobre a origem do Sistema Solar

05 de julho de 2005

Nasa comemora sucesso da missão: projétil com 1 metro de diâmetro e 370 quilos atingiu com precisão o cometa Tempel 1 às 2h52 desta segunda (4/7)
(foto:NASA)

 

Agência FAPESP - Mais certeiro, impossível. Na madrugada de segunda-feira (4/7), o projétil disparado pela sonda Deep Impact atingiu em cheio o cometa Tempel 1, em um mergulho derradeiro a 36 mil quilômetros por hora.

Para os cientistas que participaram da missão da Nasa, a agência espacial norte-americana, o motivo é de alegria pela exatidão. Para o público em geral, fica a admiração pela pontaria certeira até uma formação rochosa com apenas 1 quilômetro de extensão a mais de 130 milhões de quilômetros da Terra.

"Essa missão é um tremendo sucesso. Nos próximos dias saberemos muito mais sobre a origem do Sistema Solar", disse Andy Dantzler, diretor da Nasa, em comunicado da agência. O projétil, com 1 metro de diâmetro e cerca de 370 quilos, acertou o cometa às 2h52. Cinco minutos depois, os cientistas tiveram a confirmação de que o alvo havia sido atingido, quando uma foto feita por uma câmera na Deep Impact chegou ao comando da missão.

"A imagem claramente revela um impacto espetacular. A partir de agora teremos tantos dados disponíveis que é difícil até mesmo saber por onde começar", disse Michael A’Hearn, cientista principal da missão.

O choque foi acompanhado pela Deep Impact, a cerca de 500 quilômetros do Tempel 1. A nave registrou a colisão, o material ejetado, a estrutura e composição do interior da cratera e mudanças no movimento do cometa. O evento foi acompanhado também a partir de observatórios na Terra e dos telescópios espaciais Hubble, Spitzer e Chandra.

O cometa foi descoberto em 1967 pelo astrônomo alemão Ernst Tempel (1821-1889). A cada cinco anos e meio ele passa pela região central do Sistema Solar, onde se encontra atualmente, tornando-se um bom alvo para estudo.

Mais informações sobre a missão: www.nasa.gov/deepimpact


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