As cores mais quentes mostram onde a iluminação é maior no pólo Norte da Lua. As áreas em branco estão sempre iluminadas
(foto:Nature)

Iluminação constante
14 de abril de 2005

Mapa sobre a quantidade de luz que chega à Lua revela que, no verão, existem regiões que estão sempre iluminadas pelo Sol. A conclusão está publicada em artigo da revista Nature

Iluminação constante

Mapa sobre a quantidade de luz que chega à Lua revela que, no verão, existem regiões que estão sempre iluminadas pelo Sol. A conclusão está publicada em artigo da revista Nature

14 de abril de 2005

As cores mais quentes mostram onde a iluminação é maior no pólo Norte da Lua. As áreas em branco estão sempre iluminadas
(foto:Nature)

 

Agência FAPESP - Nem mesmo toda a criatividade do escritor Júlio Verne (1828-1905), em sua obra Da Terra à Lua, conseguiu imaginar que o satélite terrestre, então habitado pelos humanos, tinha uma espécie de Sol da meia-noite. Um mapa sobre a quantidade de luz que chega ao pólo Norte lunar, feito por cientistas norte-americanos e publicado na edição desta quinta-feira (14) da revista Nature, revela que isso existe, pelo menos no verão.

O artigo, assinado por Ben Bussey, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, e mais quatro colaboradores, mostra que as regiões sempre iluminadas pelo Sol durante o verão estão próximas à cratera Pear, a terceira maior do pólo lunar. Ela tem 73 quilômetros de diâmetro e está ao lado da Hermite (104 km) e da Rozhdestvensky (177 km).

O fato de a iluminação ser constante no pólo Norte do satélite, segundo os cientistas, tem uma interferência direta na temperatura da região. Os cálculos feitos mostram que os termômetros variam de 50ºC negativos até 10ºC positivos. Isso é bem diferente do que ocorre na região equatorial da Lua, por exemplo. Lá, a variação vai de 180ºC negativos a 100ºC acima de zero.

Os dados disponíveis para a montagem do mapa foram obtidos a partir da espaçonave Clementine, que orbitou a Lua durante 71 dias em 1994. Foram analisadas 53 imagens feita pelo equipamento, durante o verão, com uma resolução espacial de 500 metros por pixel. Os pesquisadores acreditam que a iluminação constante também deva ocorrer durante o inverno.

O artigo Constant illumination at the lunar north pole, de Ben Bussey e colaboradores, pode ser lido no site da Nature, em www.nature.com


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