Cientistas nos EUA descobrem base genética que pode explicar a maior incidência entre as mulheres, em relação aos homens, de problemas como distúrbios do humor e ansiedade

Humor de diferentes gêneros
10 de agosto de 2004

Cientistas nos Estados Unidos descobrem base genética que pode explicar a maior incidência entre as mulheres, em relação aos homens, de problemas como distúrbios do humor e ansiedade

Humor de diferentes gêneros

Cientistas nos Estados Unidos descobrem base genética que pode explicar a maior incidência entre as mulheres, em relação aos homens, de problemas como distúrbios do humor e ansiedade

10 de agosto de 2004

Cientistas nos EUA descobrem base genética que pode explicar a maior incidência entre as mulheres, em relação aos homens, de problemas como distúrbios do humor e ansiedade

 

Agência FAPESP - Cientistas de órgãos de pesquisa do governo dos Estados Unidos acabam de descobrir uma base genética que pode explicar a maior incidência entre as mulheres, em relação aos homens, de problemas como distúrbios do humor e ansiedade ligada ao estresse.

No trabalho, liderado por Christina Barr, do Laboratório de Estudos Clínicos do Instituto Nacional para o Abuso de Álcool e Alcoolismo, os pesquisadores estudaram macacos Rhesus para determinar se as diferenças entre os sexos no gene do transporte da serotonina – neurotransmissor que regula o humor – poderiam influir nos efeitos de traumas infantis.

Pesquisas anteriores verificaram que uma variante genética no gene do transporte da serotonina, conhecido como alelo S, estava associada com a depressão, mas apenas em indivíduos expostos a episódios traumáticos. Entretanto, a possível relação entre gênero, o alelo S e estresse ainda não havia sido determinada.

No estudo, publicado na edição de 10 de agosto da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, foram medidos os hormônios do estresse em 190 macacos rhesus jovens, com idades equivalentes às de 9 a 24 meses em termos humanos. Algumas das medidas foram tomadas após os animais terem sido isolados por 30 minutos. Os pesquisadores verificaram que entre os animais que tinham sido separados, as fêmeas com o alelo S tinham uma resposta maior ao hormônio do estresse em comparação com os machos.

De acordo com os cientistas, os resultados sugerem que o gênero, a variabilidade genética e episódios traumáticos ocorridos na infância, como abuso ou abandono, podem interagir para influenciar a progressão e o surgimento de uma doença psiquiátrica.

"Nossos resultados sugerem a intrigante possibilidade de que as mulheres portadoras do alelo S podem ser mais vulneráveis aos efeitos da adversidade precoce. Essa relação pode explicar a incidência crescente em mulheres de certas doenças ligadas ao estresse", disseram os pesquisadores.

O artigo Sexual dichotomy of an interaction between early adversity and the serotonin transportergene gene promoter variant in rhesus macaques foi escrito por Christina S. Barr, Timothy K. Newman, Melanie Schwandt, Courtney Shannon, Rachel L. Dvoskin, Stephen G. Lindell, Julie Taubman, Bill Thompson, Maribeth Champoux, Klaus Peter Lesch, David Goldman, Stephen J. Suomi e J. Dee Higley. Pode ser lido no site da PNAS: www.pnas.org


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