Hospital do Câncer de São Paulo ganha novas instalações
20 de agosto de 2003

Ampliações no centro cirúrgico, com a inauguração de 10 novas salas na UTI e no setor de radioterapia fazem parte das comemorações dos 50 anos da instituição

Hospital do Câncer de São Paulo ganha novas instalações

Ampliações no centro cirúrgico, com a inauguração de 10 novas salas na UTI e no setor de radioterapia fazem parte das comemorações dos 50 anos da instituição

20 de agosto de 2003

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Nas comemorações de seus 50 anos, o Hospital do Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, inaugurou, nesta quarta-feira (20/8), um novo complexo cirúrgico com dez salas, avaliado em R$ 1,6 milhão. A UTI também sofreu ampliações e agora passa a ter 23 leitos, após um investimento de R$ 1,5 milhão. Os recursos vieram de doações anônimas, parcerias com institutos de pesquisa e com o governo do Estado. A terceira novidade ocorreu no centro de radioterapia, que passa a contar com equipamentos mais modernos.

A cerimônia de inauguração das novas instalações do hospital teve a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, do diretor-presidente do hospital, Ricardo Renzo Brentani, e do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Carlos Vogt.

"Comemoramos os 50 anos do hospital, mas também estamos festejando o auxílio concedido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), no valor de US$ 350 mil, para que esta instituição se transforme num grande centro de treinamento para pesquisadores de toda a América Latina", disse Brentani. A AIEA é a agência das Nações Unidas que supervisiona os usos da energia atômica no mundo, tanto para fins pacíficos como militares.

Além de prestar serviços à comunidade, o hospital é uma escola independente de pós-graduação em oncologia, que abriga alunos de residência médica há mais de 35 anos. "Temos muito o que comemorar, pois isto é muito mais do que um hospital", afirmou Brentani.

O Hospital do Câncer, que funciona como instituição filantrópica, foi fundado em 1953 e desde então já atendeu mais de 350 mil pacientes. O novo centro cirúrgico terá capacidade de realizar 600 operações por mês. "Esta grande família presente neste hospital comemora 50 anos avançando, ampliando seu centro cirúrgico, os serviços de radioterapia e a maior UTI para tratamento de câncer da América Latina", disse Geraldo Alckmin. "As novas instalações irão refletir uma verdadeira revolução na parte humanitária, nos resultados das pesquisas e nos avanços científicos".

O hospital também está inserido no projeto Genoma Humano do Câncer, uma parceria entre o Instituto Ludwig e a FAPESP, que começou em abril de 1999 e conseguiu identificar, em menos de um ano, um milhão de seqüências de genes dos tumores mais freqüentes no Brasil. Brentani revelou que todas as amostras do projeto foram selecionadas e enviadas à FAPESP pelo Hospital do Câncer. Graças a estudos como esse, o hospital atualmente tem capacidade de tratar todos os 804 tipos de tumor existentes.


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