Membro da coordenação adjunta da FAPESP recebe homenagem por ações em diplomacia científica (foto: Eduardo Cesar / FAPESP)

Hernan Chaimovich é premiado pela Academia Mundial de Ciências
12 de dezembro de 2018

Membro da coordenação adjunta da FAPESP recebe homenagem por ações em diplomacia científica

Hernan Chaimovich é premiado pela Academia Mundial de Ciências

Membro da coordenação adjunta da FAPESP recebe homenagem por ações em diplomacia científica

12 de dezembro de 2018

Membro da coordenação adjunta da FAPESP recebe homenagem por ações em diplomacia científica (foto: Eduardo Cesar / FAPESP)

 

Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP – O professor Hernan Chaimovich, coordenador adjunto de Programas Especiais e Colaborações em Pesquisa da FAPESP, foi vencedor do Prêmio de Diplomacia Científica 2018 da Parceria Regional para América Latina e Caribe da Academia Mundial de Ciências (TWAS-Lacrep).

O prêmio é concedido a cada quatro anos para pesquisadores ou grupos de pesquisadores de destaque nas quatro regionais da TWAS. Os temas variam a cada premiação.

“Quando duas pessoas pensam juntas, o resultado não é apenas a soma, mas a multiplicação. O impacto de um trabalho publicado por um autor brasileiro em colaboração com um autor chileno, por exemplo, é multiplicado para os dois lados. E isso ocorre independentemente de quais países participam da colaboração”, disse Chaimovich.

Durante sua carreira acadêmica, ao ocupar posições executivas tanto no Brasil como no exterior, diplomacia científica – usar a ciência para melhorar as relações internacionais – foi um aspecto central da estratégia de Chaimovich.

No Brasil, essas ações do professor emérito do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQUSP) incluem a internacionalização da USP e a expansão das relações científicas entre o Brasil e outros países das Américas.

Chaimovich foi vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), onde estimulou as relações internacionais especialmente na América Latina e Caribe, assim como na África.

“Sempre tentei ampliar a colaboração internacional. Além disso, participei ativamente durante muito tempo de discussões sobre temas de importância global, como biossegurança ou diplomacia cientifica”, disse.

Como presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre 2015 e 2016, Chaimovich foi uma das lideranças para a criação de uma rede nacional e internacional de apoio financeiro e intercâmbio de conhecimento para o enfrentamento da recente epidemia de zika.

Bioquímico (1962) e professor extraordinário de Bioquímica (1968) pela Universidade do Chile, Chaimovich é doutor em Ciências – Bioquímica (1979), livre-docente (1979), professor adjunto (1980) e professor titular de Bioquímica (1984) do IQUSP.

Foi presidente da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (1994-1995), chefe do Departamento de Bioquímica do IQUSP (1985-1989, 1994-1996), coordenador do Curso de Ciências Moleculares da USP (1990-1994), pró-reitor de Pesquisa da USP (1997-2001) e diretor do IQUSP (2002-2006).

Foi também vice-presidente do International Council for Science (ICSU) e presidente da Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas).

“A Ianas tem sido imensamente efetiva nas Américas, desde o Chile até o Canadá. São programas de educação de ciência, mulheres na ciência, além do problema de água e energia nas Américas. Essa organização consegue que especialistas dos países que têm academias associadas estudem juntos e proponham soluções que geram políticas públicas para combater problemas essenciais”, disse.

A TWAS foi fundada em 1983 por um grupo de cientistas de países em desenvolvimento, sob a liderança de Abdus Salam, físico paquistanês vencedor do Nobel de Física de 1979. Na época, antes da queda do muro de Berlim, a academia nascia com o nome de Third World Academy of Sciences. Em 2013, o nome da instituição mudou para The World Academy of Sciences for the advancement of science in developing countries. O objetivo sempre foi o mesmo: de que nações em desenvolvimento possam construir conhecimento e habilidades para superar desafios como fome, doença e miséria.
 

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