Estudo de folhas fósseis obtidas na região de Chubut, Argentina, revela que há 52 milhões de anos a diversidade de insetos e de vegetais na América do Sul era alta, próximo do que é hoje. A pesquisa está publicada na PNAS
Estudo de folhas fósseis obtidas na região de Chubut, Argentina, revela que há 52 milhões de anos a diversidade de insetos e de vegetais na América do Sul era alta, próximo do que é hoje. A pesquisa está publicada na PNAS
Todos os fósseis são do início do Período Eoceno, quando as condições climáticas para o desenvolvimento dos insetos e dos vegetais era considerada ótima pelos cientistas. Os resultados provam que há 52 milhões de anos havia uma grande quantidade de espécies insetívoras.
Para defender a tese de que a biodiversidade na Patagônia era alta naquele tempo como é hoje, os pesquisadores decidiram confrontar seus dados com outros, da mesma época, obtidos para a América do Norte. A variedade de danos encontrada nos fósseis sul-americanos, o que indica tipos diferentes de insetos, foi bem maior. A comparação feita entre as espécies vegetais também atestou uma diferença a favor das amostras patagônicas. Havia mais tipos de plantas na América do Sul do que na do Norte.
Segundo Peter Wilf, da Universidade do Estado da Pensilvânia, e colaboradores o que se identificou foi uma antiga e rica história ecológica. As associações entre plantas e insetos dentro dos climas quentes, no passado, podem ser uma das chaves para explicar a alta biodiversidade que existe hoje em toda a América do Sul.
O artigo Richness of plant-insect associations in Eocene Patagonia: A legacy for South American biodiversity, de Peter Wilf, conrad Labandeira, Kirk Johnson e Rubén Cúneo, pode ser lido no site da PNAS, em www.pnas.org
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