Governo quer estimular indústria naval
29 de setembro de 2004

Transpetro, responsável pela frota nacional de petroleiros, discute convênios com MCT e se prepara para lançar edital de encomenda de 65 navios a estaleiros nacionais

Governo quer estimular indústria naval

Transpetro, responsável pela frota nacional de petroleiros, discute convênios com MCT e se prepara para lançar edital de encomenda de 65 navios a estaleiros nacionais

29 de setembro de 2004

 

Agência FAPESP - A Transpetro, responsável pela frota nacional de petroleiros, prepara-se para lançar edital de encomenda de 65 navios a estaleiros nacionais, o que significará a retomada das atividades da indústria naval brasileira. O anúncio foi feito no seminário "Desenvolvimento Tecnológico para a Indústria Naval Brasileira na segunda-feira (27/9), no Rio de Janeiro.

O encontro serviu ainda para definir convênios de cooperação entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e a subsidiária de transportes da Petrobras. O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, disse que iniciativas como a do edital são importantes medidas de incentivo à indústria e à pesquisa nacionais.

No seminário foi discutido um estudo do Instituto de Economia da Universidade de Campinas que aborda a indústria naval e sua capacidade competitiva nas principais cadeias integradas do Brasil. De acordo com o MCT, o estudo deixa claro que o país tem as condições básicas necessárias para desenvolver uma indústria de construção naval. Apesar disso, a possibilidade de o Brasil vir a ser competidor internacional importante nesse setor "depende de uma reativação competente de estaleiros e seus fornecedores, de forma a explorar vantagens circunstanciais, como o baixo custo da mão-de-obra".

"Temos a consciência bastante clara de que sem tecnologia não conseguiremos gerar um setor de construção naval competitivo", disse Sérgio Machado, presidente da Transpetro. Segundo Machado, 95% do comércio internacional brasileiro é transportado via marítima, mas a participação brasileira no mercado ainda é pequena. O exemplo está na própria Transpetro: dos 110 navios usados pela empresa, apenas 50 pertencem à frota própria.


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