Estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos propõe modelo teórico para formação de gotas de chuva em nuvens quentes, processo que tem intrigado cientistas há décadas

Gotículas que viram gotas
26 de dezembro de 2006

Estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos propõe modelo teórico para formação de gotas de chuva em nuvens quentes, processo que tem intrigado cientistas há décadas

Gotículas que viram gotas

Estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos propõe modelo teórico para formação de gotas de chuva em nuvens quentes, processo que tem intrigado cientistas há décadas

26 de dezembro de 2006

Estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos propõe modelo teórico para formação de gotas de chuva em nuvens quentes, processo que tem intrigado cientistas há décadas

 

Agência FAPESP - Como se formam as gotas de chuva? A pergunta é simples, mas a resposta não. A questão tem intrigado cientistas como Patrick Chuang, professor de Ciências Planetárias e da Terra da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos.

No dia 11, na reunião anual da União Geofísica Norte-Americana, Chuang propôs um modelo teórico para a formação em nuvens quentes, como as responsáveis pelas chuvas de verão – ou também na primavera, como atualmente no Brasil.

Segundo o pesquisador, trata-se de um processo muito complexo. A condensação de vapor de água nas nuvens cria gotículas de água, de 10 a 20 mícrons de diâmetro – menores do que a espessura de um fio de cabelo. Essas gotas minúsculas são pequenas demais para cair como chuva, cujas gotas têm cerca de 1 milímetro (mil mícrons) de diâmetro e são 1 milhão de vezes mais pesadas.

Para que as gotículas se transformem em gotas, elas colidem e se agrupam umas com as outras. Quando os cientistas simularam o processo em computadores, gotas de chuva foram criadas entre uma e duas horas depois do início das colisões. No mundo real, o resultado ocorre muito mais rapidamente, em menos de 15 minutos.

Segundo Chuang, gotículas com mais de 55 mícrons são grandes e pesadas o suficiente para caírem pela nuvem, fundindo-se com outras em alta velocidade. Mas o enigma é como gotículas de 10 a 20 mícrons se transformam em outras com mais de 55 mícrons.

A explicação proposta pela equipe de Chuang é uma mistura de dois fatores: aumento da turbulência e um processo promovido quando o ar quente se mistura com a umidade nas extremidades das nuvens. A conclusão foi possível depois de análises feitas a partir de instrumentos instalados em asas de aviões, em vôos realizados sobre ilhas do Caribe, no início de 2005.

De acordo com Chuang, o estudo pode ajudar na formação de modelos climáticos mais eficientes. A pesquisa foi financiada pela National Science Foundation e pela National Oceanic and Atmospheric Administration.


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