A constelação de Orion observada com a nova lente
(imagem: PPARC)

Gigante angular
30 de dezembro de 2004

Telescópio de Infravermelho do Reino Unido, instalado no Havaí, inaugura nova câmera que cobre uma área do espaço 3,6 mil vezes mais larga que a do Telescópio Hubble

Gigante angular

Telescópio de Infravermelho do Reino Unido, instalado no Havaí, inaugura nova câmera que cobre uma área do espaço 3,6 mil vezes mais larga que a do Telescópio Hubble

30 de dezembro de 2004

A constelação de Orion observada com a nova lente
(imagem: PPARC)

 

Agência FAPESP - O Telescópio de Infravermelho do Reino Unido, instalado no Havaí, acaba de estrear uma nova câmera com lentes grandes angulares. Trata-se do mais potente instrumento do tipo em funcionamento no mundo para detecção de comprimentos de ondas na faixa do infra-vermelho.

Em termos de área, a câmera chega a focar de uma só vez um espaço 3,6 mil vezes maior do que o observado pelo Telescópio Hubble, que também está equipado com um câmera voltada para o infravermelho. O foco da nova lente corresponde ao tamanho de uma lua cheia.

Os astrônomos do Reino Unido esperam, com o equipamento recém-instalado, descobrir novos corpos celestes fora do Sistema Solar, desde os mais próximos até os quasares que estão nos limites do universo observável. O instrumental eletrônico da nova lente – e os programas de computador acoplados a ele – também serão ferramentas essenciais de trabalho.

A profundidade de campo obtida com o equipamento não tem precedentes na história da astronomia, segundo afirma Paul Hirst, um dos cientistas britânicos no Havaí, em comunicado do Conselho de Pesquisas em Astronomia e Partículas Física do Reino Unido. Parte dos resultados já foram vistos na prática nas últimas semanas. O primeiro teste da câmera foi observar a região da Constelação de Orion, que está a 1,5 mil anos-luz da Terra.

Uma combinação de vários filtros de infravermelho disponíveis na câmera permitiram aos cientistas observarem milhares de estrelas jovens nos bordos da constelação. Esses corpos celestes não eram vistos antes na faixa da luz visível, pois ficavam encobertos por nuvens de poeira e de gás.


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