Proposta apoiada pelo governo brasileiro de deixar a ONU encarregada do controle da rede mundial não é aprovada em reunião da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, na Suíça. Governos determinam a criação de um grupo de trabalho para buscar uma solução para a questão até o final de 2005
Proposta apoiada pelo governo brasileiro de deixar a ONU encarregada do controle da rede mundial não é aprovada em reunião da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, na Suíça. Governos determinam a criação de um grupo de trabalho para buscar uma solução para a questão até o final de 2005
Segundo informações da Rede Nacional de Pesquisas (RNP), a questão mais polêmica, referente à administração da rede, não obteve consenso e permanece sem solução. A proposta apoiada pelo governo brasileiro de deixar a Organização das Nações Unidas (ONU) encarregada do controle não foi aprovada. Os governos determinaram a criação de um grupo de trabalho, com prazo de dois anos, para buscar uma solução para a gestão da Internet.
Atualmente, as regras gerais são decididas pelos Estados Unidos e a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann) é responsável pelos aspectos administrativos da rede. Diante do controle norte-americano da Internet, o objetivo da reunião em Genebra foi ampliar o debate sobre direitos autorais, segurança e privacidade, temas que despertam atitudes muitas vezes ineficientes por parte do judiciário e legislativo norte-americano.
A proposta da criação de um fundo de financiamento para o estímulo à tecnologia em países pobres não foi aceita pelos países mais desenvolvidos. O documento final do encontro aponta apenas a importância do assunto, mas não apresenta medidas concretas para alcançar o objetivo.
Representantes de 50 países, integrantes da ONU, de delegações de empresas de tecnologia e de organizações governamentais e não-governamentais participaram da reunião da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação. Segundo a RNP, a maioria das ONGs presentes ao encontro assinou um documento alternativo em defesa do livre acesso à tecnologia como forma de reduzir a pobreza nos países e no mundo.
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