O programa computacional permite a análise de cinco grandes categorias de lixo inorgânico

Gerenciador eletrônico de lixo
23 de novembro de 2004

Programa de computador desenvolvido por pesquisadores da Unicamp é uma nova ferramenta para o tratamento dos resíduos urbanos

Gerenciador eletrônico de lixo

Programa de computador desenvolvido por pesquisadores da Unicamp é uma nova ferramenta para o tratamento dos resíduos urbanos

23 de novembro de 2004

O programa computacional permite a análise de cinco grandes categorias de lixo inorgânico

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Um programa de computador que ensina a tratar o lixo das cidades acaba de ser criado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Além de auxiliar na diminuição dos poluentes, o programa, batizado de "Verdes" (Viabilidade Econômica da Reciclagem dos Resíduos Sólidos), pode contribuir desde a geração de renda para as famílias carentes até mostrar aos empreendedores os resultados de viabilidade comercial da reciclagem.

"A plataforma pode auxiliar tanto um pequeno condomínio como um país", disse Márcio Magera, responsável pelo desenvolvimento do software à Agência FAPESP. Segundo o pesquisador, que também é professor do departamento de Sociologia Unicamp, o programa possibilita que o usuário realize simulações com base nos grandes cinco principais tipos de lixo inorgânicos.

"As latas de alumínio e de aço, os papéis e os papelões, assim como os plásticos e os vidros representam aproximadamente 95% dos valores mercadológicos do lixo", disse Magera. Essas são as cinco categorias que o programa analisa.

Os eventuais beneficiados com o programa, segundo o pesquisador, podem ser as prefeituras em busca de soluções para a destinação dos resíduos, profissionais da coleta que precisam aumentar a renda, além das cooperativas, empresas e indústrias de transformação.

No programa, basta colocar o número de habitantes de uma cidade, por exemplo, para que seja possível calcular a quantidade de lixo urbano produzido pela população. É possível ainda saber o número de pessoas que podem ser empregadas na coleta, o preço médio de cada tipo de produto reciclado, o lucro que as empresas podem ter, além de informações sobre a economia em energia, água e matéria-prima que o processo de reciclagem vai gerar.

"Existem empresas privadas que cobram até R$ 100 mil para fazer uma simulação semelhante a esta, chegando a levar cerca de 6 meses para entregar o projeto", disse Magera. "A grande vantagem é que o software pode fazer o mesmo trabalho em apenas alguns minutos". Porém, o pesquisador calcula que o programa pode chegar a ter uma margem de erro - nem um pouco desprezível - de até 20%.

O software está sendo distribuído gratuitamente pela Unicamp para as prefeitura de todos os Estados brasileiros. "Só o Estado do Paraná, por exemplo, conta com 60 prefeituras que vêm utilizando o programa. Em São Paulo a plataforma é utilizada por 30 municípios", disse.

Mais informações: www.reciclaveis.com.br.


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