Cidade do Conhecimento da USP apresenta os resultados do novo modelo de negócio digital desenvolvido em comunidades regionais (foto: Wallpaper criado pela Rede Pipa Sabe)

Geração digital de renda
29 de agosto de 2006

Cidade do Conhecimento da USP completa cinco anos com evento nos dias 29 e 30 de agosto. Na ocasião, serão apresentados os resultados do novo modelo de negócio digital desenvolvido em comunidades regionais

Geração digital de renda

Cidade do Conhecimento da USP completa cinco anos com evento nos dias 29 e 30 de agosto. Na ocasião, serão apresentados os resultados do novo modelo de negócio digital desenvolvido em comunidades regionais

29 de agosto de 2006

Cidade do Conhecimento da USP apresenta os resultados do novo modelo de negócio digital desenvolvido em comunidades regionais (foto: Wallpaper criado pela Rede Pipa Sabe)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Com base no princípio da inovação tecnológica para a inclusão digital, a Cidade do Conhecimento, do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), chega ao seu quinto ano de funcionamento. Para comemorar a data será realizado um evento na capital paulista, nos dias 29 e 30 de agosto.

Uma das atrações do encontro será a apresentação dos resultados de um novo modelo de geração de renda desenvolvido em comunidades regionais. Treinadas para a produção de conteúdos voltados para o mercado de telefones celulares, as comunidades desenvolvem produtos tecnológicos como fundos de tela (wallpapers) e toques de campainha (ringtones).

"Esse é um marco da inovação brasileira que insere pequenos produtores locais de conteúdos multimídias no mercado digital", disse Gilson Schwartz, criador e diretor da Cidade do Conhecimento, à Agência FAPESP. "Isso oferece maior dinamismo a esses produtores, que passam a depender menos de recursos oriundos de programas de inclusão digital do governo. Suas inovações tecnológicas migram diretamente para o setor privado."

Segundo ele, alguns conteúdos digitais já estão disponíveis em operadoras do país e lançamentos no mercado de telefonia móvel da União Européia estão programados para ocorrer até o fim do ano. "O mais importante é que parte da receita da venda de conteúdos retorna para a comunidade local. Ao comprar e baixar um fundo de tela, o cidadão contribui para a sustentabilidade do projeto", conta Schwartz.

Três catálogos de conteúdos para celulares foram criados em pontos distintos do país. A Rede Pipa Sabe, um telecentro construído na praia de Pipa, no Rio Grande do Norte, foi a primeira iniciativa do projeto. Com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), os moradores locais tiveram oficinas de mídias digitais e produziram uma série exclusiva de ringtones e wallpapers.

O segundo está na aldeia indígena Xavantes São Pedro, no Mato Grosso, que também se associou ao projeto da USP e teve seus cantos e imagens colocados no mercado de telefonia móvel.

Outros conteúdos vieram da iniciativa social "Navegar Amazônia", no Pará, coordenado pelo cineasta Jorge Bodanzky. "Trata-se de um telecentro instalado em um barco que visita diversas comunidades captando os mais diversos sons e imagens para celulares", explica Schwartz.

Um documentário sobre "Navegar Amazônia" será lançado no evento de aniversário da Cidade do Conhecimento e uma versão para download gratuito do vídeo estará disponível em breve no site da instituição.

Mais informações: www.cidade.usp.br/blog.


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