Homem e chimpanzé podem ser mais diferentes do que se imaginava
(foto: Yerkes National Primate Research Center)

Genoma do chimpanzé
01 de setembro de 2005

Artigos na Nature apresentam um rascunho do mapa genômico dos chimpanzés. Por causa da aproximação evolutiva, são também comparadas as semelhanças e diferenças com o genoma do homem

Genoma do chimpanzé

Artigos na Nature apresentam um rascunho do mapa genômico dos chimpanzés. Por causa da aproximação evolutiva, são também comparadas as semelhanças e diferenças com o genoma do homem

01 de setembro de 2005

Homem e chimpanzé podem ser mais diferentes do que se imaginava
(foto: Yerkes National Primate Research Center)

 

Agência FAPESP - Homens e chimpanzés podem ser mais diferentes do que se imaginava, pelo menos no quesito genético. Vários artigos publicados na revista Nature desta quinta-feira (1/9) desevendam o seqüenciamento genético dos seres vivos mais próximos aos humanos.

Em termos de letras trocadas no código genético, a diferença encontrada pelos cientistas do Consórcio de Análise e Seqüenciamento dos Chimpanzés é da ordem de 1,2%. Entretanto, quando se considera as duplicações e os rearranjos do DNA, a diferença acaba subindo para 2,7%.

A comparação entre as duas seqüências também pode levar a outros resultados, segundos os autores. Uma das expectativas é que nos trechos diferentes dos dois códigos possa estar a explicação, por exemplo, de por que os humanos desenvolveram a fala e os chimpanzés não.

Em um dos artigos, Barbara Trask, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e colaboradores analisam em especial a duplicação dos segmentos genéticos. Se, no caso dos seres humanos, essas estruturas aparecem com mais freqüência em regiões próximas ao final dos cromossomos, nos chimpanzés isso não ocorre. Provavelmente, essas regiões podem ser consideradas pistas importantes para ajudar a explicar a diversidade genética existente entre as duas espécies de primatas.

Além de quatro artigos, Wen-Hsiung Li e Matthew Saunders, da Universidade de Chicago, assinam o comentário sobre a descoberta realizada por dezenas de outros pesquisadores. Para eles, não existem dúvidas: "As informações agora disponíveis são um tesouro para se entender muitos mais da evolução e da biologia humana".

Mais informações: www.nature.com


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