Geneticistas e gestores de saúde pública das regiões Sul e Sudeste, reunidos em São Paulo, discutem a criação da Política Nacional de Atenção em Genética Clínica (foto: FAPESP)

Genética clínica no SUS
01 de dezembro de 2004

Geneticistas e gestores de saúde pública das regiões Sul e Sudeste, reunidos em São Paulo, discutem a criação da Política Nacional de Atenção em Genética Clínica. Uma das idéias é padronizar o atendimento por meio do Sistema Único de Saúde

Genética clínica no SUS

Geneticistas e gestores de saúde pública das regiões Sul e Sudeste, reunidos em São Paulo, discutem a criação da Política Nacional de Atenção em Genética Clínica. Uma das idéias é padronizar o atendimento por meio do Sistema Único de Saúde

01 de dezembro de 2004

Geneticistas e gestores de saúde pública das regiões Sul e Sudeste, reunidos em São Paulo, discutem a criação da Política Nacional de Atenção em Genética Clínica (foto: FAPESP)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Cerca de 8 milhões de crianças no mundo sofrem com algum tipo de anomalia congênita ou doença genética. Dos casos, 95% atingem crianças de países em desenvolvimento. Os dados foram apresentados por Victor Ferraz, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Clínica, durante a abertura da primeira "Oficina Regional sobre Atenção em Genética Clínica no Sistema Único de Saúde (SUS)", realizado no auditório da FAPESP, em São Paulo, até quarta-feira (1º/12).

O objetivo do evento é promover a elaboração e a implementação de uma Política Nacional de Atenção em Genética Clínica. Depois de prontas, as diretrizes deverão ser inseridas na agenda do SUS para que ocorra uma padronização do atendimento em genética em todos os estados do país.

"As políticas de saúde devem ser formuladas de acordo com as necessidades específicas dos usuários do SUS e com base nos dados epidemiológicos mundiais", disse Ferraz a um público formado por geneticistas e gestores de saúde das regiões Sul e Sudeste.

As pesquisas demonstram que cerca de 5% das gestações no Brasil evoluem para o nascimento de bebês com algum tipo de problema genético. "Está comprovado que essas doenças representam um problema de saúde pública grave e que merece atenção especial", alerta Ferraz.

Para o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barata, não basta apenas fazer o diagnóstico dos pacientes ou oferecer o aconselhamento para prevenir as doenças. "É preciso utilizar o avanço do conhecimento científico para tratar as patologias de origem genética. Para isso, precisamos incorporar a genética ao SUS como uma das iniciativas de maior importância na atualidade", disse Barata durante a oficina.

O secretário lamentou o fato de o SUS, criado pela Constituição em 1988, ainda não dar atenção para todas as necessidades de saúde da população. "Nosso grande desafio é promover um atendimento universal, integral e com eqüidade", afirma. "Esperamos poder traçar novas políticas de saúde com base nas decisões que serão tiradas dessas oficinas regionais."

A oficina em São Paulo foi promovida pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Butantan. A próxima oficina está prevista para ocorrer em Salvador (BA), em março de 2005, com gestores de saúde das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.


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