Equipe internacional de cientistas identifica 480 genes que controlam a divisão celular humana. Mais de 100 deles têm ativação e desativação desreguladas em células cancerosas. Estudo foi publicado na revista Pnas
Equipe internacional de cientistas identifica 480 genes que controlam a divisão celular humana. Mais de 100 deles têm ativação e desativação desreguladas em células cancerosas. Estudo foi publicado na revista Pnas
Equipe internacional de cientistas identifica 480 genes que controlam a divisão celular humana. Mais de 100 deles têm ativação e desativação desreguladas em células cancerosas. Estudo foi publicado na revista Pnas
Equipe internacional de cientistas identifica 480 genes que controlam a divisão celular humana. Mais de 100 deles têm ativação e desativação desreguladas em células cancerosas. Estudo foi publicado na revista Pnas
Os resultados do trabalho foram publicados na edição desta segunda-feira (14/01) da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).
De acordo com o pesquisador Ziv Bar-Joseph, da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, as células malignas perdem o controle do processo de replicação, por isso, a detecção de diferenças na ativação genética do ciclo celular em células normais e malignas fornece importantes pistas sobre como o câncer se desenvolve. Os genes descobertos, segundo o cientista, são alvos potenciais para drogas terapêuticas.
Ao contrário de muitos estudos sobre o câncer, que procuram identificar a ausência de genes que podem causar a doença, a nova pesquisa mostra que os genes podem contribuir para o aparecimento da doença de maneiras menos óbvias.
"Vimos que há muitos genes que estão presentes e mesmo assim estão envolvidos com o câncer devido ao fato de não estarem ativos, ou expressos, da maneira habitual", disse o co-autor da pesquisa Itamar Simon, um biólogo molecular da Escola Médica da Universidade Hebraica, em Israel.
Em vez de se "ligarem" e "desligarem" ciclicamente, como ocorre normalmente nos processos de replicação e desenvolvimento celular, esses genes estão expressos de forma fixa, ou simplesmente não estão expressos.
Apenas alguns dos genes apontados como desregulados em células cancerosas – como o PER2 e o HOXA9 – já haviam sido associados ao câncer. A maioria, cuja relação com a doença até agora não havia sido estabelecida, inclui pelo menos três genes responsáveis pela reparação de mutações genéticas que ocorrem durante a duplicação do DNA na célula.
A falha do ciclo em genes reparadores de DNA das células cancerosas levanta a possibilidade de que algumas mutações associadas com a doença podem não ser sua causa. "Algumas das mutações podem ser causadas pelos genes com problemas no ciclo e não o contrário", disse Bar-Joseph.
Para determinar se as mutações genéticas são um efeito colateral de certos tipos de câncer, em vez de uma causa, mais pesquisas serão necessárias. O mesmo vale para a identificação de quais são os mais importantes entre os 118 genes que não "ligam" e "desligam".
"Esses genes parecem ser importantes, mas não sabemos ainda quais deles têm um papel-chave ou podem se tornar alvos para drogas terapêuticas", disse Simon. "Nós reduzimos o número de candidatos. Agora, em vez de procurar em milhares de genes, podemos nos concentrar numa centena."
O artigo Genome-wide transcriptional analysis of the human cell cycle identifies genes differentially regulated in normal and cancer cells, de Ziv Bar-Joseph e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em, clique aqui.
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