De 133 presos estudados em pesquisa feita na Europa, 58% consumiram bebidas alcoólicas pelo menos 24 horas antes de cometer um ato criminoso. A pesquisa revelou que a ingestão de outros tipos de drogas tem um risco relativo menor
De 133 presos estudados em pesquisa feita na Europa, 58% consumiram bebidas alcoólicas pelo menos 24 horas antes de cometer um ato criminoso. A pesquisa revelou que a ingestão de outros tipos de drogas tem um risco relativo menor
Do total de indivíduos avaliados, 78 (58%) haviam consumido álcool pelo menos 24 horas antes de cometer o ato criminoso. Para medir o aumento do risco relativo de gerar violência, os pesquisadores analisaram exemplos de atos violentos.
Os pesquisadores entrevistaram 113 pessoas em uma prisão psiquiátrica e outros 20 condenados por pelo menos quatro anos, que estavam reclusos em uma penitenciária de segurança máxima. Do total, apenas 15 (11,3%) eram mulheres. O crime mais comum entre os participantes da pesquisa é o assalto.
Outra dado revelado pelo estudo é que a maioria das vítimas era conhecida dos agressores. Em apenas 22 casos (16,5%) criminoso e vítima eram desconhecidos um do outro. O grau de parentesco que mais surgiu das entrevistas, em 36 vezes (27,1%), foi o de cônjuge.
Para Kate Graham, do Centro de Estudos de Efeitos Compulsivos e Saúde Mental de Ontário, no Canadá, os resultados apresentados merecem ser relativizados pelo menos num aspecto. Segundo ela, autora de editorial no mesmo número da publicação que traz o estudo sueco, se o álcool é um gatilho importante, as outras drogas não podem ser colocadas em segundo plano.
O argumento da cientista canadense é que a ingestão de bebidas alcoólicas está mais disseminada pela sociedade do que a intoxicação por outros tipos de drogas. Isso é um fator que deve ser sempre levado em conta, afirma Kate. Segundo ela, apesar de ser inegável a contribuição do trabalho de Ulrika Haggard-Gran e colaboradores do Instituto Karolinska em relação ao álcool, as outras afirmações sobre antidepressivos e benzodiazepínicos precisam ser mais estudadas.
Mais informações: www.addictionjournal.org
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