Pesquisa realizada na Universidade Católica da Argentina mostra que a milonga de um dos maiores cantores de tango de todos os tempos faz o morador de Buenos Aires se perceber como parte da sociedade portenha
Pesquisa realizada na Universidade Católica da Argentina mostra que a milonga de um dos maiores cantores de tango de todos os tempos faz o morador de Buenos Aires se perceber como parte da sociedade portenha
María Julia Carozzi, da Universidade Católica Argentina, mostra que esses dois conceitos se fundem quando o personagem é Carlos Gardel (1890-1935). Para os argentinos, Gardel é o tango, ele não o interpretava simplesmente. A morte trágica do cantor em um acidente de avião, na Colômbia, revestiu sua figura de sacralidade.
Para a pesquisadora argentina, a figura de Carlos Gardel é mítica em seu país. Tanto que, na linguagem popular, chamar alguém de Gardel é elogiar sua destreza e aptidão. Para um argentino, ser comparado ao mais famoso cantor de tango de todos os tempos – autor de "Mi Buenos Aires querido" – é, sem dúvida, uma grande honraria.
María Julia estudou como os moradores da cidade de Buenos Aires concebem a inserção deles na coletividade. No mês que completava o 68º ano da morte do cantor, junho de 2003, a pesquisadora resolveu verificar como os portenhos se reconhecem e identificam o que é memorável na cultura argentina.
O trabalho, com o título Carlos Gardel, o patrimônio que sorri, foi publicado pela revista Horizonte Antropológicos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O artigo conclui que o legado do cantor se apresenta como um exemplo da organização da memória e da identidade dos portenhos em particular e dos argentinos de forma geral.
Para ler o artigo completo, disponível na biblioteca on-line SciELO, em espanhol, clique aqui.
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