Marco Antonio Zago (à esquerda) e o príncipe Charles-Philippe d’Orléans (foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)

Colaboração
Fundação Príncipe Albert II de Mônaco e FAPESP avaliam parceria para apoiar pesquisas na área ambiental
31 de outubro de 2024

Instituição de origem europeia inaugurou filial em São Paulo e busca acordos que viabilizem o financiamento de bolsas para pesquisadores latino-americanos

Colaboração
Fundação Príncipe Albert II de Mônaco e FAPESP avaliam parceria para apoiar pesquisas na área ambiental

Instituição de origem europeia inaugurou filial em São Paulo e busca acordos que viabilizem o financiamento de bolsas para pesquisadores latino-americanos

31 de outubro de 2024

Marco Antonio Zago (à esquerda) e o príncipe Charles-Philippe d’Orléans (foto: Daniel Antônio/Agência FAPESP)

 

Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Dirigentes da FAPESP reuniram-se com representantes da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco no dia 24 de outubro para discutir possibilidades de colaboração em pesquisas ambientais na América Latina.

A instituição, fundada em 2006, está presente em 12 países e abriu recentemente uma filial em São Paulo com a intenção de impulsionar pesquisas em três áreas principais: combate às mudanças climáticas, proteção da biodiversidade e preservação dos recursos hídricos e dos oceanos. Entre os representantes do comitê de desenvolvimento para a América Latina da fundação figuram o fotógrafo Sebastião Salgado, a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, o climatologista Carlos Nobre e o engenheiro florestal Tasso Azevedo.

“O intuito da Fundação Príncipe Albert II no Brasil é estreitar nossa presença na América Latina e financiar pesquisadores e projetos de pesquisa nesses três temas específicos. Para isso estamos visitando potenciais parceiros. Acredito que podemos criar uma sinergia com a FAPESP e trabalharmos juntos”, afirmou o vice-presidente-executivo da filial da fundação, o príncipe Charles-Philippe d’Orléans.

Ele contou também que o chefe monegasco, o príncipe Albert II, virá ao Brasil para participar da COP-30, que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025. “Nosso intuito, portanto, é preparar acordos de parceria ou criação de institutos que possam ser lançados por ele durante sua visita ao país”, disse.

O presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, apresentou os programas BIOTA, voltado a apoiar estudos sobre biodiversidade; BIOEN, com foco em bioenergia; de Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG); e PROASA, sobre o Atlântico Sul e a Antártica.

“No caso do BIOTA, além de ampliar o conhecimento em biodiversidade, ele tem um caráter importante de influenciar a formulação de políticas públicas. Já no PROASA, que é o programa mais recente entre os apresentados, estamos trabalhando ao lado de pesquisadores argentinos e uruguaios, visto que a quantidade de dados disponíveis sobre o Atlântico Sul é surpreendentemente escassa em comparação, por exemplo, com o Atlântico Norte”, disse o presidente da FAPESP.

“Portanto, há uma perspectiva muito favorável. Cobrimos todas as áreas, mas talvez seja possível encurtar caminhos começando com a pesquisa oceanográfica e os aspectos de biodiversidade. Há também outra possibilidade, mais robusta, de criar institutos internacionais, como o Centro Internacional de Pesquisa Worlds in Transitions, uma parceria entre a USP [Universidade de São Paulo] e o CNRS [Centre National de la Recherche Scientifique, da França]. Ou o Institut Pasteur de São Paulo”, contou Zago.

O príncipe Charles-Philippe d’Orléans afirmou que sua instituição tem interesse tanto na criação de novos centros quanto no financiamento de bolsas. “Mônaco é um país pequeno, com uma comunidade científica pequena, mas com muita influência. A ideia, portanto, é encontrar projetos diversos, que tenham relação com o Brasil e a América Latina. Nos acordos que viermos a realizar, poderemos financiar pesquisadores brasileiros ou de outros países da América Latina”, disse.

Também participaram da reunião José Góis Chilão e Paulo Hime Funari, respectivamente coordenador e secretário da Fundação Príncipe Albert II de Mônaco. Por parte da FAPESP estiveram presentes: Fernando Menezes, diretor administrativo; Connie McManus, gerente de Colaborações em Pesquisa; Raul Machado Neto e Claudia Toni, assessores da Presidência; e Nadége Mézié, assessora da Gerência de Colaborações em Pesquisa.
 

  Republicar
 

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.