Pesquisa feita mostra que 54% das pessoas com colesterol acima dos níveis normais, e que precisavam tomar remédios, ignoram o problema (foto: NIH)

Fuga do tratamento
03 de março de 2006

Pesquisa feita mostra que 54% das pessoas com colesterol acima dos níveis normais, e que precisavam tomar remédios, ignoram o problema. Os homens evitam mais os tratamentos do que as mulheres

Fuga do tratamento

Pesquisa feita mostra que 54% das pessoas com colesterol acima dos níveis normais, e que precisavam tomar remédios, ignoram o problema. Os homens evitam mais os tratamentos do que as mulheres

03 de março de 2006

Pesquisa feita mostra que 54% das pessoas com colesterol acima dos níveis normais, e que precisavam tomar remédios, ignoram o problema (foto: NIH)

 

Agência FAPESP - Mesmo entre os indivíduos assintomáticos, o colesterol alto serve como um indicador de que doenças cardíacas podem surgir em um intervalo curto de tempo, em menos de cinco anos, por exemplo. Essas taxas elevadas podem aumentar em até 30% o risco de problemas no coração.

Apesar disso, como mostra um recente estudo realizado por pesquisadores de diversas universidades norte-americanas, mais da metade dos pacientes ignoram o problema. A análise, feita em 6.814 pessoas de seis comunidades, revela que 54% dos que precisavam tomar remédios para baixar o colesterol não o fizeram.

"Os resultados mostram a importância de melhorar o tratamento e o controle do colesterol e também de eliminar as disparidades que existem no acesso aos serviços de saúde", explica David Goff, o principal autor do estudo, em comunicado da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos.

O relatório com os resultados foi publicado na revista Circulation, da American Heart Association, em edição de 14 de fevereiro. Em termos de gênero, a pesquisa verificou que o controle sobre as taxas de colesterol entre aqueles que apresentavam problemas foi 20% maior em mulheres do que nos homens. Além disso, os negros cuidam menos desse aspecto de sua saúde (15%), assim como os hispânicos (20%), quando comparados com a parcela de cor branca da amostra.

Segundo os autores do estudo, a primeira discrepância existe porque a mulher costuma, geralmente, ir com mais freqüência aos serviços médicos relatar seus problemas e monitorar sua saúde. A explicação sobre o menor controle dos negros e dos hispânicos é de ordem social. Nos Estados Unidos, esses dois grupos, explica Goff, têm menos acesso ao sistema de saúde, de modo geral.

O relatório Heart disease and stroke statistics – 2006 update pode ser lido no site da Circulation, em http://circ.ahajournals.org.


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