A 47 milhões de quilômetros da Terra, Agência Espacial Européia testa sistema que será usado para diminuir a velocidade e fazer com que a nave Venus Express entre em órbita do vizinho terrestre, em abril (ilust.: ESA)

Freios perfeitos. Próxima parada, Vênus
23 de fevereiro de 2006

A 47 milhões de quilômetros da Terra, Agência Espacial Européia testa sistema que será usado para diminuir a velocidade e fazer com que a nave Venus Express entre em órbita do vizinho terrestre, em abril

Freios perfeitos. Próxima parada, Vênus

A 47 milhões de quilômetros da Terra, Agência Espacial Européia testa sistema que será usado para diminuir a velocidade e fazer com que a nave Venus Express entre em órbita do vizinho terrestre, em abril

23 de fevereiro de 2006

A 47 milhões de quilômetros da Terra, Agência Espacial Européia testa sistema que será usado para diminuir a velocidade e fazer com que a nave Venus Express entre em órbita do vizinho terrestre, em abril (ilust.: ESA)

 

Agência FAPESP - Apesar da distância – e põe distância nisso – o teste foi um sucesso. Engenheiros da Agência Espacial Européia (ESA) ativaram remotamente, no dia 17, o sistema de propulsão de uma espaçonave a mais de 47 milhões de quilômetros. Trata-se da Venus Express, lançada em 9 de novembro em missão rumo ao vizinho da Terra.

O sistema de propulsão do motor principal é fundamental para a missão. Sem ele, a espaçonave não será capaz de frear quando estiver chegando a Vênus. E, sem diminuir sua velocidade, não conseguirá ser capturada pela órbita do planeta.

No teste, o motor foi acionado por apenas três segundos, tempo suficiente para que a nave diminuísse de velocidade cerca de 10,8 quilômetros por hora. Devido à grande distância, os responsáveis pela missão só souberam que havia dado tudo certo uma hora depois, que foi o tempo gasto pelos sinais de rádio chegarem até a antena da ESA instalada em Nova Norcia, na Austrália.

A Venus Express respondeu corretamente ao empuxo provocado pela queima de combustível, ajustando sua posição em relação ao destino e direcionando sua antena de transmissão para a Terra. Os dados enviados serão analisados pela equipe da missão, que verificará em detalhes o comportamento do sistema de propulsão.

O próximo grande momento na missão européia será a manobra de inserção na órbita venusiana, no dia 11 de abril. Para isso, será preciso fazer o sistema de propulsão funcionar por cerca de 50 minutos, na direção oposta à do deslocamento da nave. Essa freada permitirá que ela supere a atração gravitacional exercida pelo Sol e por Vênus e consiga entrar em órbita do planeta.

Russos e norte-americanos enviaram diversas missões ao planeta, mas nenhuma recentemente. A missão européia quer suprir a lacuna e tentar responder a algumas das muitas dúvidas sobre o vizinho terrestre. A principal é sobre as características e o funcionamento da atmosfera venusiana.

Vênus é o planeta mais próximo da Terra, em média duas vezes mais perto do que Marte. Nomeado após a deusa do amor para os romanos, o planeta tem quase o mesmo tamanho e massa da Terra, a ponto de muitos chamarem os planetas de gêmeos. Mas a evolução dos dois foi muito diferente. A superfície venusiana, com temperaturas acima de 400ºC, não permite a sobrevivência das formas de vida encontradas por aqui.

Saiba mais em: www.esa.int


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