Arquivo do Estado de São Paulo disponibiliza imagens que não foram publicadas no jornal dirigido por Samuel Weiner (foto: ballet de Eros Velusia no Cassino Atlântico/Jean Manson)

Fotos inéditas do Última Hora
24 de outubro de 2008

Arquivo do Estado de São Paulo disponibiliza imagens que não foram publicadas no jornal dirigido por Samuel Weiner

Fotos inéditas do Última Hora

Arquivo do Estado de São Paulo disponibiliza imagens que não foram publicadas no jornal dirigido por Samuel Weiner

24 de outubro de 2008

Arquivo do Estado de São Paulo disponibiliza imagens que não foram publicadas no jornal dirigido por Samuel Weiner (foto: ballet de Eros Velusia no Cassino Atlântico/Jean Manson)

 

Agência FAPESP – Um importante acervo para pesquisadores e interessados na história do país nos meados do século 20 acaba de ser criado. O Arquivo Público do Estado de São Paulo disponibilizou ao público 4 mil fotografias do jornal Última Hora.

São imagens que não chegaram a ser publicadas no jornal, tendo ficado arquivadas por vários anos e que agora podem ser vistas no setor de consulta da instituição do governo paulista.

O Última Hora, que circulou de 1951 a 1971 sob a direção do jornalista Samuel Weiner, morto em 1980, representou um marco na inovação estética e temática para o jornalismo brasileiro. O Arquivo Público do Estado já havia digitalizado todos os exemplares do jornal sob sua guarda, disponíveis para o público no site http://www.amigosdoarquivo.com.br/uhdigital.

Uma característica que marcou o Última Hora foi o uso de fotografias e ilustrações em quase todas as suas páginas. Ao todo, cerca de 400 fotografias eram tiradas diariamente para cada edição. As fotos não utilizadas eram recolhidas ao arquivo do jornal.

“Em cada pauta era produzida uma missão, um conjunto de fotos tiradas para ilustrar uma notícia publicada no jornal. E, a cada missão, apenas uma ou duas fotos eram escolhidas pelo editor”, explica Ellen Arevaldo, diretora do Núcleo de Arquivos Iconográficos do Arquivo do Estado.

A disponibilização das fotografias do Última Hora é resultado de um longo processo de organização do acervo, iniciado em dezembro de 2006 com o tratamento de 13,7 mil negativos de nitrato de celulose. Material sujeito a autocombustão, os negativos de nitrato apresentavam muitos problemas de conservação. Cerca de 4 mil negativos foram convertidos para positivo, digitalizados e agora estão disponíveis para os consulentes. Os demais estão sendo colocados no banco de dados de arquivos iconográficos, que atende a todos os tipos documentais sob a guarda do setor, como ilustrações, mapas, fotografias e gravuras.

Anteriormente, a digitalização era feita de acordo com solicitações. Hoje, com o projeto de digitalização de negativos, o usuário consulta uma fotografia no banco de dados e, se desejar, pode levar a imagem digital gravada em um CD no mesmo dia.

A segunda etapa do projeto teve início em janeiro de 2008, com o tratamento de 82,5 mil negativos. Ellen explica que a documentação fotográfica passa por diversas etapas de tratamento, como o inventariamento, a troca de embalagens, a higienização e, finalmente, a digitalização da fotografia. “No caso dos negativos, foi preciso convertê-los para positivos, o que facilita a visualização da imagem”, disse.

Segundo ela, todo o trabalho no acervo foi voltado para manter a documentação do mesmo modo como estava organizada no jornal dirigido por Weiner a fim de não prejudicar a integridade do conjunto de fotografias.

Em paralelo, o Núcleo de Arquivos Iconográficos está reorganizando cerca de 166 mil imagens que foram publicadas no jornal. É possível pesquisar o material e o banco de imagens do Arquivo Público do Estado no setor de consulta. A disponibilização do arquivo de imagens do Última Hora na internet está prevista para 2009.
 

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