Esqueleto de criança agora descrito (foto) é da mesma espécie da famosa Lucy
(foto:Nature)
Descrição do esqueleto de criança que viveu há 3,3 milhões de anos, da mesma espécie de Lucy (Australopithecus afarensis), abre um capítulo importante na história evolutiva dos hominídeos arcaicos
Descrição do esqueleto de criança que viveu há 3,3 milhões de anos, da mesma espécie de Lucy (Australopithecus afarensis), abre um capítulo importante na história evolutiva dos hominídeos arcaicos
Esqueleto de criança agora descrito (foto) é da mesma espécie da famosa Lucy
(foto:Nature)
O local, próximo de onde foi descoberta Lucy, um dos fósseis de hominídeos mais antigos encontrados até hoje – que pertence à espécie Australopithecus afarensis –, acaba de revelar outro esqueleto de grande importância para a paleontologia. O trabalho foi feito por Zeresenay Alemseged, do Instituto Max Planck, na Alemanha, e colaboradores.
Dessa vez, bastante bem preservado pelos sedimentos do pequeno rio, os pesquisadores identificaram o fóssil de uma criança que, quando morreu, não tinha mais que 3 anos de idade. Da mesma espécie de Lucy, a criança teria vivido 150 mil anos antes dessa, há 3,3 milhões de anos.
O esqueleto, que por se tratar de ossos de criança, provavelmente do sexo feminino, tem uma importância muito grande – nunca, antes, um material desse tipo e dessa idade havia sido descrito – traz outras boas surpresas. Uma delas é o formato dos ossos dos braços, bastante semelhantes aos do gorilas.
Isso significa que os membros da espécie A. afarensis, além de poder caminhar sobre os dois pés, como mostraram várias das características agora encontradas no jovem esqueleto, também tinham habilidade para pular de galho em galho no alto das árvores. Ou seja, a espécie se encaixa de forma quase perfeita na fase da taxonomia dos hominídeos, considerada como a de transição entre macacos e humanos.
Com mais essa contribuição para a ciência, a região na Etiópia se confirma como uma grande mina de ouro para quem investiga a evolução humana. Em outro artigo na mesma revista, Jonathan Wynn, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, descreve todas as características geológicas dessa importante área, que tem contribuído bastante para a história da evolução humana.
Mais informações, apenas para assinantes, em www.nature.com
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.