Fortalecimento da C&T recebe apoio norueguês
27 de fevereiro de 2004

Projeto "Inventando um Futuro Melhor", lançado na ONU e que tem o brasileiro Jacob Palis, do Impa, como um dos coordenadores, é apoiado pela Fundação Abel, da Academia de Ciência da Noruega

Fortalecimento da C&T recebe apoio norueguês

Projeto "Inventando um Futuro Melhor", lançado na ONU e que tem o brasileiro Jacob Palis, do Impa, como um dos coordenadores, é apoiado pela Fundação Abel, da Academia de Ciência da Noruega

27 de fevereiro de 2004

 

Agência FAPESP - O projeto para o fortalecimento mundial da ciência e tecnologia, lançado na Organização das Nações Unidas no início de fevereiro, acaba de receber o apoio da Fundação Abel, da Academia de Ciência da Noruega.

De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o presidente da instituição norueguesa, Jens Fenstad, enviou carta à União Internacional de Matemática manifestando o apoio à iniciativa "Inventando um Futuro Melhor: Uma Estratégia para o Fortalecimento da Ciência e Tecnologia em Todos os Países".

A fundação foi criada há quatro anos pelo governo norueguês e financia atividades de pesquisa em matemática e a formação de recursos humanos em países em desenvolvimento. A entidade entrega anualmente o Prêmio Abel, que preenche a falta de um Prêmio Nobel para a matemática.

"Fenstad disse que, a partir de 2005, a Fundação Abel seguirá as orientações do documento, que reúne estratégias multilaterais para o desenvolvimento sustentável da ciência e tecnologia em todos os países", disse Jacob Palis, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do MCT.

Palis foi um dos coordenadores do projeto junto com o egípcio Ismail Serageldin, diretor da Nova Biblioteca de Alexandria e ex-vice presidente do Banco Mundial. O relatório foi publicado pelo InterAcademy Council, conselho formado por academias de ciências de todo o mundo e está sediado em Amsterdam, na Holanda.

O documento lançado na ONU é formado por exemplos concretos de iniciativas de sucesso em ciência e tecnologia, além de estatísticas como, por exemplo, quanto cada país tem investido no setor. De acordo com as estimativas levantadas, o Brasil aplica 1% do PIB em C&T, enquanto a Coréia do Sul gasta 2,55%, a Suécia 3,7%, o Japão 3%, a Índia 1,2% e o México 0,34%.

Experiências bem-sucedidas no Brasil, que podem servir de modelo a outros países, também são destacadas no trabalho, como a reestruturação feita em 1971 no Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco, que se tornou um dos principais centros de excelência da área na América Latina, a criação dos Institutos do Milênio, que hoje somam 17, e os acordos feitos com a França, para matemática, e com a China, no setor espacial.


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