Pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos comprovam que um tipo específico de peptídeo é fundamental para o controle de ingestão de alimentos e do peso corporal

Fome com a vontade de comer
15 de setembro de 2005

Pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos comprovam que um tipo específico de peptídeo é fundamental para o controle de ingestão de alimentos e do peso corporal

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Pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos comprovam que um tipo específico de peptídeo é fundamental para o controle de ingestão de alimentos e do peso corporal

15 de setembro de 2005

Pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos comprovam que um tipo específico de peptídeo é fundamental para o controle de ingestão de alimentos e do peso corporal

 

Agência FAPESP - Um grupo formado por pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos acaba de anunciar a descoberta de evidência de que um determinado tipo de peptídeo é fundamental para o controle de ingestão de alimentos e do peso corporal.

O estudo, que será publicado na edição de outubro da revista Nature Neuroscience, demonstra que a proteína AgRP (peptídeo agouti), presente no hipotálamo, é fundamental para o processo de ingestão de alimentos.

"Estudos anteriores indicaram que o hipotálamo é responsável pela regulação do ato de comer, mas, até agora, não havia evidência experimental que provasse a importância do AgRP nessa atividade", disse um dos líderes do estudo, Tamas Horvath, diretor da Seção de Medicina Corporativa da Escola de Medicina da Universidade Yale.

Pesquisas feitas anteriormente haviam apontado nessa direção, ao sugerir a relação com a saciedade ou ao indicar a presença de níveis elevados de AgRP em indivíduos obesos.

Dessa vez, os cientistas introduziram o receptor da toxina da difteria aviária (doença altamente infecciosa também conhecida como bouba) nos neurônios ligados ao AgRP em camundongos. Duas doses da toxina foram suficientes para destruir as áreas em que foram injetadas, prejudicando a vontade dos animais de comer e resultando em anorexia aguda.

"Os resultados confirmam a hipótese de que os sistemas analisados são críticos para o ato de comer. Abordagens anteriores haviam falhado ao fornecer essa prova, devido a mecanismos compensadores que poderiam atuar durante a análise. Nenhuma havia derrubado totalmente a função neuronal. No novo estudo, entretanto, os neurônios foram destruídos e não houve tempo para que as suas funções fossem recuperadas", explicou Horvath em comunicado da Universidade Yale.

O artigo Agouti-related peptide−expressing neurons are mandatory for feeding, de Tamas Horvath e outros, pode ser lido no site da Nature Neuroscience, em www.nature.com/neuro.


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