Empresa incubada no Cietec/USP desenvolve iluminador cirúrgico frontal conjugado com uma câmera de vídeo (foto: divulgação)

Foco qualificado
09 de agosto de 2006

Empresa incubada no Cietec/USP desenvolve iluminador cirúrgico frontal conjugado com uma câmera de vídeo. Além de o médico poder arquivar cirurgias em DVD, o aparelho permite que os alunos acompanhem procedimentos do ponto de vista do professor

Foco qualificado

Empresa incubada no Cietec/USP desenvolve iluminador cirúrgico frontal conjugado com uma câmera de vídeo. Além de o médico poder arquivar cirurgias em DVD, o aparelho permite que os alunos acompanhem procedimentos do ponto de vista do professor

09 de agosto de 2006

Empresa incubada no Cietec/USP desenvolve iluminador cirúrgico frontal conjugado com uma câmera de vídeo (foto: divulgação)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Uma microcâmera conjugada a um iluminador frontal é o resultado de mais um projeto de pesquisa realizado no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas, da Universidade de São Paulo (USP). Ao ser colocado na cabeça do médico, o equipamento ilumina a área da operação e ainda registra em vídeo toda a intervenção cirúrgica.

A empresa responsável pela tecnologia, a Foco, nomeou o aparelho de Ilumicam. Pelo fato de a microcâmera estar acoplada à região central do iluminador, a grande vantagem técnica do equipamento é permitir que o eixo de luz seja exatamente o mesmo que o da filmagem, eliminando os erros de paralaxe, que ocorrem quando a região monitorada não coincide com a região iluminada.

"O iluminador foco frontal é um aparelho de uso comum entre médicos de todo o mundo. No Brasil não tínhamos um aparelho que também pudesse filmar os procedimentos", disse Edson Kubo, diretor da Foco, à Agência FAPESP. "Esse é um mercado grande. Estamos falando em um público consumidor formado por mais de 70 mil cirurgiões em todo o país, sem contar o interesse de hospitais, clínicas e instituições de ensino e pesquisa", afirma.

O equipamento pode gravar a cirurgia em DVD e transmitir as imagens em tempo real pela internet, por meio de videoconferência. Existe ainda a possibilidade de documentação das cirurgias em arquivo pessoal. Uma biblioteca de técnicas cirúrgicas pode também ser criada pela instituição de ensino, em áreas como medicina, enfermagem, veterinária e fisioterapia.

"As imagens podem ser usadas para fins didáticos. Trata-se de um documento visual que pode ser apresentado em sala de aula ou em congressos médicos. A grande vantagem é que o aluno passa a enxergar a cirurgia do ponto de vista do professor", explica Kubo. No caso da disciplina de medicina veterinária, por exemplo, alguns procedimentos cirúrgicos poderiam ser exibidos sucessivamente durante as aulas, diminuindo a morte de animais.

Apesar de ainda não ter um valor definido, Kubo garante que o Ilumicam custará pouco mais da metade do preço de aparelhos semelhantes vendidos no mercado internacional, que chegam a custar US$ 12 mil aproximadamente. O projeto de pesquisa que originou o Ilumicam foi financiado pela FAPESP, no âmbito do Programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe).


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