Foto: Bene Mascarenhas / Unifesp
Pesquisa realizada pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba mostra que chás podem conter índices de flúor superiores aos considerados seguros para crianças de um a três anos de idade. As taxas de alumínio, também investigadas, apresentaram-se normais
Pesquisa realizada pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba mostra que chás podem conter índices de flúor superiores aos considerados seguros para crianças de um a três anos de idade. As taxas de alumínio, também investigadas, apresentaram-se normais
Foto: Bene Mascarenhas / Unifesp
Em todos os resultados, segundo o estudo publicado na edição de fevereiro da Revista de Saúde Pública, as taxas de alumínio estiveram dentro das consideradas seguras para a saúde bucal dos consumidores. O mesmo não ocorreu para os números do flúor, como mostra a pesquisa assinada por Mitsue Fujimaki Hayacibara,Celso Silva Queiroz,Cínthia Pereira Machado Tabchoury e Jaime Aparecido Cury.
Apesar de ser considerada uma substância importante para a saúde dos dentes, principalmente em crianças, a ingestão excessiva de flúor pode causar um doença conhecida como fluorose. A doença pode acarretar problemas apenas estéticos, como manchas nos dentes, ou mais sérios, como afetar a formação do esmalte.
Segundo o estudo realizado no interior de São Paulo, taxas absolutamente seguras para a saúde bucal foram encontradas apenas nos chás de ervas. Nas bebidas à base de chá e nos chás pretos as concentrações de flúor foram classificadas como altas.
Se for considerado apenas o risco estético para os dentes, a ingestão de uma única xícara de bebida à base de chá ultrapassa o limite considerado ideal. Em se tratando de crianças, que já estão expostas a outras fontes de flúor, como pela água, a situação pode ser ainda pior.
O problema não se restringe ao Brasil, explica o estudo. A ingestão de bebidas à base de chá, nos Estados Unidos, conforme mostrou pesquisa recente, também tem contribuído para a ingestão de flúor em níveis acima dos considerados seguros.
Para ler o artigo publicado em inglês na Revista de Saúde Pública, disponível na biblioteca on-line SciELO, clique aqui.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.