Cientistas da Universidade de Stanford estimam que o Universo deve continuar existindo por pelo menos mais 24 bilhões de anos (foto: ESA)
A partir de nova análise da energia negra, com observações feitas pelo Hubble, cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, estimam que o Universo deve continuar existindo por pelo menos mais 24 bilhões de anos
A partir de nova análise da energia negra, com observações feitas pelo Hubble, cientistas da Universidade de Stanford, nos EUA, estimam que o Universo deve continuar existindo por pelo menos mais 24 bilhões de anos
Cientistas da Universidade de Stanford estimam que o Universo deve continuar existindo por pelo menos mais 24 bilhões de anos (foto: ESA)
Os astrofísicos, liderados por Andrei Linde, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, fizeram o novo cálculo a partir da análise da energia negra, a força misteriosa que atua de forma oposta à da gravidade e que estaria relacionada com a expansão – e fim – do Universo.
O estudo foi conduzido a partir de observações feitas com o telescópio espacial Hubble, que identificou supernovas se afastando com velocidade jamais vista, o que implicaria que o Universo estaria expandindo mais rapidamente do que se acreditava. A equipe de Linde estima que o Universo deve durar cerca de duas vezes a idade atual, antes de entrar em colapso.
Cientistas foram surpreendidos em 1998, quando se verificou que a expansão do Universo estava acelerando. Para tentar entender o que poderia estar desafiando a gravidade que aproxima as galáxias, foi lançada a idéia de que uma força invisível, a que chamaram de energia negra, poderia estar se opondo à força gravitacional.
Alguns modelos descrevem a energia negra como uma "pressão negativa no Universo" na qual, diferente de um gás, a pressão por ela exercida aumenta à medida em que expande. Mas a força negra nunca foi observada diretamente. "Mesmo estimativas bem formuladas sobre a energia negra são profundamente problemáticas", disse Robert Caldwell, do Dartmouth College, para a Nature.
Segundo o modelo proposto por Linde, que se baseia em cálculos feitos por Yun Wang, da Universidade de Oklahoma, a energia negra teria duas fontes. Uma seria a forma hipotética de energia produzida pela massa fervilhante de partículas que surge espontaneamente e desaparece no vácuo. A outra seria um tipo de campo de força intrínseca à constituição do Universo e responsável pela sua expansão.
"Se assumirmos esse modelo como correto, provavelmente estaremos seguros pelos próximos 24 bilhões de anos", disse Linde.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.