Pesquisadores digitalizam obra sagrada da filosofia hindu. A reprodução (abaixo) ficou bastante idêntica ao original
Pesquisadores conseguem recuperar, por meio de tecnologias modernas de captura de imagem, uma das obras sagradas da filosofia do hinduísmo, escrita há 700 anos por Shri Madvacharya
Pesquisadores conseguem recuperar, por meio de tecnologias modernas de captura de imagem, uma das obras sagradas da filosofia do hinduísmo, escrita há 700 anos por Shri Madvacharya
Pesquisadores digitalizam obra sagrada da filosofia hindu. A reprodução (abaixo) ficou bastante idêntica ao original
O início da formação da equipe de pesquisadores envolvida com a conservação das informações de uma das obras básicas da filosofia hindu, que estava em um templo na Índia, ocorreu quando um mestre religioso convidou P.R. Mukund, professor do Instituto de Tecnologia Rochester, nos Estados Unidos, para analisar o problema.
Seguidor do hinduísmo, o professor verificou que aquilo era muito mais que um simples pedido de ajuda técnica. Aliou-se a ele Roger Easton, da mesma universidade e que havia trabalhado na recuperação do manuscrito conhecido como o Palimpsesto de Arquimedes, e Keith Knox, especialista em imagens que hoje trabalha como consultor.
Durante seis dias de dezembro de 2005, a equipe ficou na Índia fotografando todo o conteúdo do livro sagrado. Eles usaram uma câmera digital desenvolvida exatamente para trabalhos como o que estavam tentando fazer.
Outro segredo foi o filtro infravermelho usado no equipamento, que permitiu que as imagens registradas tivessem um contraste ainda maior. No total, 7,9 mil figuras tiveram que ser processadas no computador, para que o livro eletrônico pudesse ser construído.
Depois de tudo pronto, outra idéia surgiu. De acordo com o Instituto de Tecnologia Rochester, um estudante do professor Mukund resolveu, e conseguiu, gravar toda a informação recuperada em pastilhas de silício.
A técnica chamada de metalização alumínica permitirá que a filosofia hindu seja guardada praticamente para sempre. Essas pastilhas são inclusive à prova de água e de fogo e podem ser manuseadas de forma bastante segura, ao contrário das folhas de palma usadas há 7 séculos. Toda informação da obra foi reunida em mais de 100 pastilhas. Cada uma delas guarda os escritos de três folhas do livro sagrado hindu.
Com a iniciativa, o arquivo eletrônico pode ser impresso novamente, o que deve ocorrer até o fim do ano, quando haverá uma cerimônia especial na própria Índia para o evento.
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