Carlos Joly, coordenador do Biota-FAPESP, corta o bolo decorado com a biodiversidade do Estado de São Paulo (foto: Marcelo Honório)

Festa da biodiversidade
01 de junho de 2004

Durante comemoração dos cinco anos do Programa Biota/FAPESP, integrantes dos grupos de pesquisa apresentam os livros gerados pelos projetos que estão inventariando a biodiversidade paulista. Até um bolo com a forma de São Paulo foi cortado na celebração

Festa da biodiversidade

Durante comemoração dos cinco anos do Programa Biota/FAPESP, integrantes dos grupos de pesquisa apresentam os livros gerados pelos projetos que estão inventariando a biodiversidade paulista. Até um bolo com a forma de São Paulo foi cortado na celebração

01 de junho de 2004

Carlos Joly, coordenador do Biota-FAPESP, corta o bolo decorado com a biodiversidade do Estado de São Paulo (foto: Marcelo Honório)

 

Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - As algas do Estado de São Paulo, as plantas do Cerrado paulista e a região da Estação Ecológica Juréia-Itatins estiveram em evidência na reunião de trabalho do Programa Biota-FAPESP, que antecedeu a confraternização de cinco anos do programa, realizada na tarde desta segunda-feira (31/5), na sede da FAPESP. O parabéns e o corte de um bolo com o formato do Estado de São Paulo também marcaram o aniversário.

O volume cinco da Flora Ficológica do Estado de São Paulo foi o primeiro dos três livros gerados pelo Biota apresentados no encontro. Segundo Carlos Bicudo, do Instituto Botânico de São Paulo, a publicação que chega agora às livrarias, lançada pela Editora Rima, aumenta bastante o conhecimento científico sobre as algas do grupo das Charophyceae.

"Expandimos a distribuição geográfica das algas para todo o Estado", disse Bicudo, um dos autores do livro. Com os resultados dos estudos do grupo coordenado pelo pesquisador, o número de espécies de algas conhecidas para São Paulo aumentou em 45%.

Outro livro apresentado enfocou um ecossistema bastante degradado do Estado. Plantas do Cerrado Paulista: imagens de uma paisagem ameaçada deverá ter importante valor para os grupos que estudam o ecossistema, analisado do ponto de vista fitoquímico, de acordo com Giselda Durigan, também do Instituto Florestal e uma das autoras da publicação. O livro de 420 páginas apresenta a descrição detalhada de centenas de espécies. Algumas das fotos usadas na identificação foram feitas há mais de 18 anos.

O terceiro livro, Estação Ecológica Juréia-Itatins ambiente físico, flora e fauna procura traçar a radiografia de uma das importantes áreas litorâneas de São Paulo em termos de biodiversidade. A questão da permanência ou não da população de caiçaras dentro da reserva, um assunto sempre polêmico, também consta das páginas da obra, como explicou Otávio Marques, pesquisador do laboratório de herpetologia do Instituto Butantan de São Paulo e um dos autores.

Também fez parte da reunião de trabalho do Biota-FAPESP discussões sobre novas ferramentas computacionais que poderão ser usadas no futuro pelos pesquisadores. A intenção é que soluções possam ser desenvolvidas para que o banco de dados já disponível no Biota seja ainda melhor aproveitado. Um dos projetos discutidos pretende agrupar por bacia geográfica todas as espécies identificadas pelos vários grupos de pesquisa. A reunião dos dados pode ajudar os cientistas a conhecer melhor regiões pouco estudadas do Estado.

Também como parte das comemorações dos cinco anos do Biota/FAPESP será inaugurado nesta terça (1/6) a exposição fotográfica "Cores e sombras da biodiversidade do Estado de São Paulo. A mostra vai ser exposta no Espaço Cultural do Citibank, em São Paulo.

Biota-FAPESP: www.biota.org.br

Exposição Biodiversidade do Estado de São Paulo: Cores e Sombras
Espaço Cultural Citibank - Av. Paulista, 1111 - São Paulo
www.biota.org.br/expobio


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