Pessoas mais felizes podem, por exemplo, ter menos problemas de coração

Felicidade biológica
19 de abril de 2005

Novo estudo identifica conexões psicobiológicas entre alegria e saúde. Pessoas felizes produzem menos cortisol, hormônio ligado ao estresse orgânico agudo

Felicidade biológica

Novo estudo identifica conexões psicobiológicas entre alegria e saúde. Pessoas felizes produzem menos cortisol, hormônio ligado ao estresse orgânico agudo

19 de abril de 2005

Pessoas mais felizes podem, por exemplo, ter menos problemas de coração

 

Agência FAPESP - Que a felicidade é um bom remédio, todos sabem, inclusive os cientistas. Várias pesquisas mostraram que pessoas deprimidas desenvolvem mais problemas de saúde, em comparação com pessoas alegres.

Um novo estudo, feito na Inglaterra com 116 homens e 100 mulheres entre 35 e 55 anos de idade, conseguiu identificar importantes conexões psicobiológicas entre alegria e saúde. Em linhas gerais, as pessoas mais alegres tiveram um desempenho muito melhor das funções biológicas mais importantes para o bem-estar do que as mais tristes. A pesquisa acompanhou o grupo tanto do aspecto emocional como do ponto de vista biológico.

O nível de cortisol registrado nos que dão mais risadas ao longo do dia, por exemplo, foi menor. Esse hormônio, ligado ao estresse orgânico agudo, também já foi relacionado com o aparecimento de quadros de diabetes tipo II e hipertensão.

Um segundo indicador positivo também surgiu no sangue dos indivíduos mais alegres. Foram registradas baixas quantidades de proteínas ligadas a problemas cardiovasculares. O estudo será publicado esta semana no site da Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

De acordo com a pesquisa assinada por Andrew Steptoe, do London College, os resultados obtidos são independentes do estresse psicológico. Isso realça, para o pesquisador e seus colaboradores, que o bem-estar está relacionado com processos biológicos relevantes para a saúde.

O artigo Positive affect and health-related neuroendocrine, cardiovascular, and inflammatory processes, de Andrew Steptoe, Jane Wardle e Michael Marmot, pode ser lido no site da PNAS, em www.pnas.org


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