Pesquisa mostra que algumas espécies de plantas auxiliam na recuperação de solos contaminados (foto: Unitau)
Pesquisa desenvolvida na Universidade de Taubaté mostra que algumas espécies de plantas, como tomate, feijão e milho, auxiliam na recuperação de solos contaminados ao promoverem a extração de metais pesados como zinco, cobre, chumbo e níquel
Pesquisa desenvolvida na Universidade de Taubaté mostra que algumas espécies de plantas, como tomate, feijão e milho, auxiliam na recuperação de solos contaminados ao promoverem a extração de metais pesados como zinco, cobre, chumbo e níquel
Pesquisa mostra que algumas espécies de plantas auxiliam na recuperação de solos contaminados (foto: Unitau)
Agência FAPESP - Um estudo realizado no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté (Unitau) mostra que é possível retirar poluentes do solo com a utilização de diferentes espécies de plantas. A técnica, conhecida como fitorremediação, ajuda a extrair o excedente de metais pesados presentes em solos contaminados por atividades industriais, agropecuárias e domésticas.
Os pesquisadores identificaram plantas com características fitorremediadoras, entre elas girassol, cenoura, tomate, brócolis, feijão e milho. De acordo com o coordenador do estudo, Paulo Fortes, professor do Departamento de Agronomia da Unitau, a fitorremediação pode ocorrer de forma direta, quando o organismo retira, pela ação da biodegradação, a energia e os nutrientes do substrato contaminante, ou de maneira indireta, quando a redução do contaminante se dá por meio de substâncias liberadas pelos organismos durante a sua atividade metabólica.
"As raízes das plantas liberam substâncias orgânicas que ativam uma população heterogênea de microrganismos no solo responsável por agir contra os metais pesados", explicou Fortes à Agência FAPESP. "As plantas acabam absorvendo os poluentes do solo, fazendo com que eles fiquem concentrados no tecido da espécie."
A técnica pode ser utilizada, por exemplo, para preparar o solo para o reflorestamento de áreas degradadas pela mineração. "Além disso, a fitorremediação poderia promover a fertilização de uma área para o manejo de diferentes culturas agrícolas", acredita o pesquisador, que é também professor do Departamento de Engenharia Ambiental da universidade. Segundo ele, as plantas apresentaram resultados positivos com solos contaminados com zinco, cobre, chumbo e níquel.
Para que o processo apresente resultado, as plantas devem apresentar raízes profundas e densas para reter e transferir o poluente para a parte aérea. "As espécies devem ser resistentes a pragas e doenças, ter capacidade de absorção às substâncias contaminantes e apresentar ainda alta taxa de crescimento e produção de biomassa", disse o pesquisador.
Além disso, Fortes alerta que as plantas fitorremediadoras não podem ser consumidas. "Elas devem ser colocadas em aterros ou incineradas, pois acumulam altos teores de metal", conta.
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