Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010, disponível no site da Fundação, destaca atuação do estado no desenvolvimento do setor no país

FAPESP lança nova edição de seus Indicadores
25 de agosto de 2011

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010, disponível leitura e consulta no site da Fundação, destaca atuação do estado no desenvolvimento do setor no país

FAPESP lança nova edição de seus Indicadores

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010, disponível leitura e consulta no site da Fundação, destaca atuação do estado no desenvolvimento do setor no país

25 de agosto de 2011

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010, disponível no site da Fundação, destaca atuação do estado no desenvolvimento do setor no país

 

Agência FAPESP – A FAPESP lançou os Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010, nova edição de sua série iniciada em 2002. A publicação está disponível para leitura e consulta no site da Fundação.

“A série Indicadores da FAPESP constitui instrumento de grande valia para formular e avaliar as políticas públicas relativas à ciência e à pesquisa tecnológica”, diz Celso Lafer, presidente da Fundação.

A publicação teve coordenação geral de Ricardo Renzo Brentani, diretor-presidente da FAPESP, e de Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico. A coordenação executiva ficou a cargo dos pesquisadores Wilson Suzigan, João Furtado e Renato de Castro Garcia.

Dezenas de pesquisadores de instituições de ensino superior e de pesquisa do Estado de São Paulo e de outros estados participaram da produção e coordenação dos capítulos.

Dividido em dois volumes, os Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010 montam, em 12 capítulos, um panorama abrangente do ensino, da pesquisa, da produção científica, da inovação tecnológica e de suas aplicações no Estado de São Paulo, comparando, sempre que possível, os dados paulistas com os do Brasil e de outros países. Os capítulos contam com anexos que reúnem tabelas e descrições das metodologias utilizadas na reunião de dados e em sua análise.

O capítulo 1 apresenta uma síntese da situação da educação básica no Brasil e no Estado de São Paulo, focalizando o ensino fundamental e médio, discutindo e analisando questões e tendências da área.

“Considerando os aspectos abordados, dois pontos ficaram evidenciados a partir do tratamento dos dados: o amplo alcance das políticas implementadas na área de educação, com a inclusão das camadas mais pobres da população no sistema escolar no Brasil e no Estado de São Paulo; e a persistência de baixos resultados de aprendizagem, constatados pelas avaliações de desempenho dos alunos”, destacaram os autores.

Perfil do ensino superior: graduação acadêmica, graduação tecnológica e pós-graduação é o segundo capítulo, que apresenta um diagnóstico da situação do ensino superior paulista no período entre 2003 e 2006.

O capítulo destaca a “crescente predominância do setor privado sobre o público em termos de oferta, que é, em São Paulo, muito maior do que no Brasil”. O percentual de matrículas no ensino público caiu, em São Paulo, de 14,7 % em 2003 para 13,4% em 2006, tendo sido, em 1999, de 15,4%.

Segundo os autores, no período analisado pela publicação, o setor privado apresentou-se “muito mais diversificado, incluindo universidades, centros universitários, faculdades integradas e estabelecimentos isolados, ao passo que o setor público se concentrou em universidades”.

Outra conclusão do capítulo é a expansão do sistema de ensino superior, uma vez que, “independentemente da qualidade do ensino ministrado, todas as instituições públicas e privadas oferecem os mesmos tipos de diploma. A desigualdade da oferta e do desempenho do sistema é ocultada pela igualdade formal da titulação concedida”.

São Paulo e Brasil

“O terceiro capítulo traz dados e análises sobre os dispêndios paulistas em pesquisa e desenvolvimento (P&D), de todas as suas possíveis fontes, públicas (federais e estaduais) e privadas. Além disso, em uma útil perspectiva de comparação, traz informações sobre o panorama nacional e internacional”, afirma Lafer.

O objetivo do terceiro capítulo foi determinar a evolução e a composição, em termos de fontes de recursos, dos dispêndios em P&D realizados de 1995 a 2008 no Estado de São Paulo.

“Com esses dados, faz-se uma análise sobre as tendências verificadas e sobre as similaridades e contrastes entre os dispêndios em P&D no Estado de São Paulo e no Brasil. Realizam-se também, como é praxe neste tipo de análise, comparações internacionais, que ajudam a situar alguns dos desafios para o sistema paulista de P&D”, disseram os autores, que acreditam ser essa a série mais longa de dispêndios de P&D já elaborada no Brasil.

Entre os resultados obtidos, está que o dispêndio total em P&D em São Paulo chegou a R$ 15,5 bilhões em 2008, o que correspondeu a 1,52% do PIB estadual.

“Calculado com a mesma metodologia, o dispêndio nacional em P&D chegou a R$ 34,2 bilhões em 2008, com intensidade de 1,14% do PIB. Em ambos os casos, a tendência nos últimos dois anos foi de crescimento. Mesmo com crescimento, parece pouco provável que o dispêndio nacional em P&D tenha atingido a meta (modesta, em comparação com os países da OCDE que estão já em 2,26% do PIB) estabelecida pelo MCT [Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação] no Plano de Ação da Ciência 2007-2010, de 1,5% do PIB em 2010”, apontaram os autores.

Em São Paulo, o dispêndio privado em P&D, somando-se o dispêndio de empresas e de instituições de ensino superior privadas, atingiu 63% do total em 2008. No Brasil, os dispêndios privados em P&D chegaram a 49% do dispêndio total.

Outro destaque é que, no Estado de São Paulo, “o dispêndio público em P&D em 2008 correspondeu a 37% do dispêndio total (ou 0,57% do PIB estadual), sendo 13% a parte do dispêndio federal em P&D e 24% a parte do dispêndio estadual. No Brasil, o dispêndio público alcançou 51% do total (0,58% do PIB), sendo a parcela federal de 36% e a estadual 15%”.

Os demais capítulos dos Indicadores lidam com o que se pode chamar de “produtos” da ciência e da pesquisa tecnológica no Estado de São Paulo atual, descreve o presidente da FAPESP.

“Começa com a análise da produção científica a partir de publicações em periódicos especializados, também com a abordagem de comparação com a produção no Brasil e no mundo e ênfase na colaboração científica internacional e nacional, mais e mais prioritária com o processo de globalização que ocorre”, diz.

Atividade de patenteamento no Brasil e no exterior, Balanço de pagamentos tecnológico: uma perspectiva renovada, Inovação tecnológica no setor empresarial paulista: uma análise com base nos resultados da Pintec, Dimensão regional dos esforços de ciência, tecnologia e inovação no Estado de São Paulo, Indicadores de difusão e caracterização das atividades de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no Estado de São Paulo, CT&I e o setor agrícola no Estado de São Paulo, Indicadores de CT&I em Saúde no Estado de São Paulo e Percepção pública da ciência e da tecnologia no Estado de São Paulo são os temas dos demais capítulos.

Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo 2010: www.fapesp.br/indicadores2010.

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