Acordo, no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê edital para seleção de projetos com foco em HIV, oncologia e outras doenças (Felner, Brito Cruz e Soares na assinatura do acordo / foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)

FAPESP, GSK e Biominas apoiarão pesquisas inovadoras de startups na área da saúde
13 de julho de 2018

Acordo, no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê edital para seleção de projetos com foco em HIV, oncologia e outras doenças

FAPESP, GSK e Biominas apoiarão pesquisas inovadoras de startups na área da saúde

Acordo, no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê edital para seleção de projetos com foco em HIV, oncologia e outras doenças

13 de julho de 2018

Acordo, no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê edital para seleção de projetos com foco em HIV, oncologia e outras doenças (Felner, Brito Cruz e Soares na assinatura do acordo / foto: Felipe Maeda / Agência FAPESP)

 

Claudia Izique e João Carlos da Silva  |  Agência FAPESP – A FAPESP, a GlaxoSmithKline Brasil (GSK) e a Biominas Brasil assinaram nesta quinta-feira (12/07) acordo de cooperação para apoiar projetos inovadores de pesquisa científica de startups na área da saúde.

A parceria, no âmbito do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê apoio para pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo desenvolverem pesquisas focadas em doenças respiratórias, imunoinflamação, imuno-oncologia e HIV.

Os investimentos da FAPESP devem somar até R$ 5 milhões em três anos, período durante o qual a GSK fornecerá às empresas selecionadas orientação científica, planejamento e assessoria técnica-empresarial, e a Biominas dará suporte e orientação sobre modelagem e planejamento de negócios, bem como o acesso a redes de investidores.

Por meio de chamada serão selecionadas 10 propostas de pesquisas que receberão da FAPESP até R$ 200 mil não reembolsáveis para testar a viabilidade técnica dos projetos por um período de até nove meses, na fase 1 do PIPE. Três projetos incialmente selecionados receberão apoio adicional de até R$ 1 milhão em dois anos para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, na fase 2 do PIPE.

“O acordo com a GSK e a Biominas abre novas oportunidades para empresas do PIPE. É uma iniciativa importante, pois permite que as empresas que recebem fomento da FAPESP tenham acesso a diferentes oportunidades que colaborarão para que os resultados das pesquisas cheguem até a sociedade por meio de novos produtos e serviços”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Há 21 anos, o PIPE oferece recursos não reembolsáveis para o desenvolvimento de pesquisa em empresas com até 250 funcionários. Há três anos, também disponibiliza aos responsáveis pelos projetos treinamento em empreendedorismo em alta tecnologia para subsidiar a elaboração de planos de negócios.

Agora, passa a incorporar a esse cardápio a oportunidade de conexão de startups com uma grande empresa na área da saúde e uma fundação especializada na aceleração e gestão de negócios, mantida pelo setor privado, para melhor direcionar e posicionar a inovação desenvolvida por startups no mercado.

“A GSK está impulsionando avanços científicos em várias áreas terapêuticas para fornecer a próxima geração de medicamentos inovadores. Acreditamos que a parceria com a FAPESP oferece muitas oportunidades para alavancar a ciência no Brasil”, disse José Carlos Felner, vice-presidente e gerente-geral da GSK.

“O acordo é uma soma das competências e experiências das três instituições [FAPESP, GSK e Biominas Brasil] para o desenvolvimento de projetos e empresas de forte componente científico e alto potencial de mercado para melhorar a vida de pacientes”, disse Eduardo Emrich Soares, diretor-presidente da Biominas Brasil.

Centros de Pesquisa em Engenharia

A cooperação entre GSK e FAPESP começou em 2011, como parte do Programa Trust in Science, uma iniciativa global da GSK que posiciona a empresa como parceira para o desenvolvimento de medicamentos na América Latina, além de contribuir para o pipeline de medicamentos, por meio de interações científicas com importantes instituições de pesquisa e governo local. No âmbito desse acordo foram lançadas duas chamadas de propostas e selecionados seis projetos.

Em 2015 e 2016, GSK e FAPESP constituíram, também por meio de acordos, dois Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs), com investimentos de longo prazo em investigações estratégicas. O Centro de Pesquisa para Descoberta de Alvos Moleculares, com sede no Instituto Butantan, e o Centro de Pesquisa em Química Sustentável, com sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Para Isro Gloger, diretor do Trust in Science, o acordo mostra que o desenvolvimento científico do Brasil está indo na direção certa. “Nossa parceria com a FAPESP ao longo dos anos tem sido excelente. Nós acreditamos fortemente que este novo acordo irá direcionar a realização de pesquisas de longo prazo, reafirmando o compromisso para a descoberta de novos medicamentos para doenças relevantes”, disse.
 

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