Rede reúne cinco universidades que estão entre as melhores da Austrália. Colaboração deverá ser priorizada em áreas como bioenergia, aviação, mineração, ciência do esporte e saúde (foto: Samuel Iavelberg/FAPESP)

FAPESP firma acordo de cooperação com a australiana ATN
12 de junho de 2013

Áreas como bioenergia, aviação, mineração, ciência do esporte e saúde devem ser priorizadas

FAPESP firma acordo de cooperação com a australiana ATN

Áreas como bioenergia, aviação, mineração, ciência do esporte e saúde devem ser priorizadas

12 de junho de 2013

Rede reúne cinco universidades que estão entre as melhores da Austrália. Colaboração deverá ser priorizada em áreas como bioenergia, aviação, mineração, ciência do esporte e saúde (foto: Samuel Iavelberg/FAPESP)

 

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – A FAPESP assinou nesta terça-feira (11/06) um acordo de cooperação em pesquisa científica e tecnológica com a Australian Technology Network of Universities (ATN) – rede que reúne cinco universidades australianas que estão entre as melhores do país.

Válido por cinco anos, o documento prevê investimentos entre R$ 100 mil e R$ 200 mil por ano de cada uma das partes. Os recursos poderão ser usados no financiamento de projetos em todos os campos do conhecimento, devendo inicialmente priorizar áreas em que Austrália e Brasil têm interesse e expertise, como bioenergia, aviação, mineração, gás natural, ciência do esporte, ciência dos materiais, nanotecnologia, agricultura e saúde, de acordo com Arun Sharma, pró-reitor de pesquisa da Queensland University of Technology

“Esperamos que a colaboração se inicie nessas áreas em que tanto os pesquisadores brasileiros como aqueles que fazem parte da rede ATN são fortes. Estaremos visitando as universidades paulistas ao longo desta semana para discutir áreas de interesse comum e formas de unir nossos pesquisadores em projetos que poderão ser financiados por meio deste acordo”, afirmou Sharma à Agência FAPESP.

Sharma espera que a parceria promova o intercâmbio entre cientistas australianos e paulistas e crie condições para a realização de projetos mais ambiciosos. “Eventualmente, gostaríamos também de engajar empresas que operam tanto na Austrália como no Brasil.”

“O fato de a ATN estar constituída na forma de rede nos permite aprofundar ainda mais a colaboração em diferentes áreas. Sabemos que o conhecimento não tem fronteiras e a oportunidade de trabalhar com colegas de outros países é muito importante para a FAPESP”, afirmou o presidente da FAPESP, Celso Lafer, durante a cerimônia de assinatura do documento.

Lafer explicou que, de acordo com a Constituição do Estado de São Paulo, 1% das receitas do governo estadual é obrigatoriamente destinado à FAPESP para o financiamento de pesquisas. “Isso nos dá oportunidade de pensar a longo prazo e nos permite operar com autonomia”, disse.

O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, explicou como os recursos destinados à pesquisa são administrados e apresentou um panorama da ciência no Estado de São Paulo.

“Posso dizer que estamos sofrendo de inveja científica. Ter 1% da receita governamental garantido é algo de que nós gostaríamos para o Australian Research Council. Também fiquei interessada na forma como o recurso é administrado pela FAPESP. É certamente um modelo maravilhoso”, disse a diretora executiva da ATN, Vicki Thomson.

Além da Queensland University of Technology, fazem parte da rede ATN a Curtin University, The University of South Australia, RMIT University e The University of Technology, Sydney. O grupo é reconhecido nacional e internacionalmente por seus fortes laços com o setor industrial e por realizar pesquisas aplicadas e de impacto. 

A FAPESP também possui acordo de cooperação científica com a University of Melbourne. 

 

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