Documento inclui o apoio compartilhado a projetos de pesquisa com participação de pesquisadores ligados às quatro universidades públicas paulistas (foto: Leandro Negro/Ag.FAPESP)
Parceria com a Asociación de Universidades Grupo Montevideo amplia oportunidades de colaboração em pesquisa
Parceria com a Asociación de Universidades Grupo Montevideo amplia oportunidades de colaboração em pesquisa
Documento inclui o apoio compartilhado a projetos de pesquisa com participação de pesquisadores ligados às quatro universidades públicas paulistas (foto: Leandro Negro/Ag.FAPESP)
Fernando Cunha | Agência FAPESP – A FAPESP e a Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), rede formada por 31 universidades públicas na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, assinaram em 1º de julho um Acordo de Cooperação em Pesquisa para estimular a colaboração em pesquisa e o intercâmbio científico com pesquisadores no estado de São Paulo.
O documento inclui o apoio compartilhado a projetos de pesquisa com participação de pesquisadores ligados às três universidades públicas paulistas – Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que estão entre as 11 instituições brasileiras ligadas à Associação.
No Brasil, a AUGM ainda integra as universidades federais dos estados de Goiás (UFG), Minas Gerais (UFMG), Paraná (UFPR), Rio de Janeiro (UFRJ), Santa Catarina (UFSC), Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Santa Maria (UFSM), no mesmo estado.
Albor Cantard, presidente da AUGM e reitor da Universidade Nacional del Litoral, em Santa Fé, Argentina, assinou o documento em nome do Conselho de Reitores das Instituições da Associação. Alvaro Maglia, secretário executivo, e Fernando Sosa, responsável por Programas e Projetos da organização, também estavam presentes.
Pela FAPESP, participaram da cerimônia Celso Lafer, presidente da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico, Marilda Bottesi, assessora especial para Colaborações em Pesquisa, e Carlos Eduardo Lins da Silva, consultor em comunicação da Fundação. O encontro ainda teve as participações de Marilza Vieira Cunha Rudge, vice-reitora da Unesp e conselheira da FAPESP, que representou o reitor Julio Cezar Durigan; Raul Machado, presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional; e Luís Augusto Barbosa Cortez, vice-reitor executivo de Relações Internacionais da Unicamp.
Na abertura do encontro, Lafer destacou que a prioridade da internacionalização é gerar a expansão do conhecimento entre pesquisadores em diferentes países. “A cooperação com nossos vizinhos é fundamental e uma das vantagens do entendimento que firmamos hoje é o trabalho em rede, uma forma moderna de propiciar o avanço da pesquisa e o intercâmbio entre docentes e alunos”, disse.
Para Cantard, a cooperação entre os 22 núcleos disciplinares da AUGM – grupos acadêmicos nas diferentes disciplinas de interesse comum nas universidades da Rede – permitirá pesquisas sobre temas relevantes para as instituições e países integrantes da organização.
“Um elemento essencial do acordo que firmamos hoje é a perspectiva de trabalhar sobre temas como Água, Energia, Ambiente, associando pesquisadores em projetos conjuntos que tragam benefícios para a região”, disse. “Na Argentina, por exemplo, as 11 universidades públicas pertencentes à AUGM são as que contribuem com 80% da pesquisa que se realiza no país há 20 anos sobre esses e outros temas”, completou.
Outros aspectos importantes do acordo, para o presidente da AUGM, são a possibilidade de participação de pesquisadores de instituições da Rede no Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, da FAPESP, e dos encontros científicos anuais promovidos pela Associação para promover o intercâmbio científico na região. De acordo com Cantard, a 22ª reunião da AUGM, realizada em Valparaíso, no Chile, reuniu mais de 800 participantes.
Em apresentação sobre as atividades da FAPESP, Brito Cruz destacou o Programa Jovens Pesquisadores pela oportunidade única que oferece para fixação de pesquisadores com grande potencial, em atividade no Brasil ou no exterior.
“Além de bolsas por um período de três anos, o Programa oferece condições adequadas para o início de trabalho de pesquisadores em São Paulo e para conexão com iniciativas da AUGM”, disse.
O diretor científico ressaltou também que a concessão de bolsas FAPESP a candidatos estrangeiros para pesquisa em São Paulo pode contribuir para a ampliação de redes de colaboração entre grupos de pesquisa das universidades da AUGM.
“Cerca de 20% das bolsas de pós-doutorado aprovadas pela FAPESP em 2014 foram concedidas a candidatos do exterior. Peru, Colômbia e Argentina estiveram entre as quatro primeiras posições do ranking dos países de origem dos contemplados”, disse.
O Acordo FAPESP-AUGM de Cooperação em Pesquisa estabelece um período de cinco anos para implementação da colaboração científica e tecnológica por meio de projetos conjuntos sobre temas de interesse comum, especificados por Comitê Gestor em Chamadas de Propostas.
O documento ainda prevê a organização de seminários e reuniões científicas para incentivar a interação entre instituições e pesquisadores e identificar áreas de investigação, além de outras atividades de intercâmbio que ajudem na elaboração de projetos.
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