Novos indicadores permitem realizar monitoramento mais acurado das atividades de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo (foto: Léo Ramos Chaves/Pesquisa FAPESP)

FAPESP apresenta resultados de levantamento sobre o Sistema Paulista de CT&I
13 de novembro de 2020

Novos indicadores permitem realizar monitoramento mais acurado das atividades de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo

FAPESP apresenta resultados de levantamento sobre o Sistema Paulista de CT&I

Novos indicadores permitem realizar monitoramento mais acurado das atividades de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo

13 de novembro de 2020

Novos indicadores permitem realizar monitoramento mais acurado das atividades de pesquisa e desenvolvimento no Estado de São Paulo (foto: Léo Ramos Chaves/Pesquisa FAPESP)

 

Agência FAPESP – A FAPESP elaborou um conjunto de indicadores de dispêndios em pesquisa e desenvolvimento (P&D), mais amplo e aderente às recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que permitirá um monitoramento mais acurado das atividades ciência, tecnologia e inovação no Estado de São Paulo. Entre os novos indicadores, destaca-se a matriz que identifica os setores que financiaram e os que executaram os R$ 25,6 bilhões despendidos em P&D em 2018 (ver tabela abaixo).

A matriz é um dos resultados do Levantamento de Informações sobre o Sistema Paulista de CT&I, realizado pela Gerência de Estudos e Indicadores da FAPESP em parceria com a Fundação Seade, junto a cerca de 100 instituições de P&D paulistas, entre julho de 2019 e fevereiro de 2020.

A produção de estatísticas de CT&I atende a uma das atribuições da FAPESP. “A responsabilidade da Fundação não se resume ao financiamento de pesquisa. Inclui também a análise do estado geral da pesquisa em São Paulo e no Brasil para fundamentar decisões de governo, de empresas e da própria Fundação no que se refere à CT&I”, afirmou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, no encontro virtual para a divulgação desses resultados.

A produção dessas informações tem longo histórico nas atividades da FAPESP. Entre 1998 e 2010, a Fundação publicou quatro edições dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação. A partir de 2011, os indicadores foram reunidos em boletins temáticos e na seção Dados, da revista Pesquisa FAPESP. Em 2017, a Fundação constituiu a Gerência de Estudos e Indicadores. “O objetivo foi dar um caráter mais perene a essa atividade, aprimorar a base de dados e realizar estudos sobre novos indicadores que permitam monitorar a evolução da P&D no Estado, alinhados às melhores práticas internacionais, de modo a viabilizar comparações”, disse Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP.

O Levantamento de Informações sobre o Sistema Paulista de CT&I é uma inciativa inédita no Brasil. Até agora a FAPESP valia-se de informações secundárias, basicamente as originárias dos orçamentos públicos. Com o levantamento, foi possível ampliar o rol de instituições contabilizadas, incluindo, por exemplo, os hospitais e hemocentros que realizam P&D e várias instituições privadas.

O levantamento também permitiu ampliar a cobertura das fontes de financiamento das atividades de P&D, como as empresas e instituições localizadas no exterior. “O acesso direto aos executores dos dispêndios ofereceu maior cobertura das fontes de financiamento, antes muito colada aos recursos públicos”, ressaltou Sandra Hollanda, colaboradora da Gerência de Estudos e Indicadores.

Com isso, foi possível construir indicadores novos e mais precisos. “Observamos, por exemplo, que a contribuição do governo é maior como fonte de financiamento do que de execução”, explicou Hollanda.

O Sistema Paulista de CT&I é formado por 73 instituições de ensino superior – 19 públicas e 54 privadas –, 64 instituições de pesquisa, das quais 40 públicas e 24 privadas sem fins lucrativos, além de 12.831 empresas inovadoras, parte delas com atividades internas de P&D.

À exceção das empresas – cujas informações são produzidas pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) do IBGE –, parte expressiva dessas instituições compôs o universo do levantamento. Com o suporte técnico da Fundação Seade, as instituições amostradas receberam formulários eletrônicos, nos quais inseriram suas informações, cuja guarda e manipulação seguiram protocolos rígidos de confidencialidade e sigilo.

“É a primeira vez que se faz uma pesquisa desta natureza no Brasil. E aprendemos como fazer”, afirmou Sinésio Pires Ferreira, gerente de Estudos e Indicadores. Esse aprendizado certamente facilitará a próxima tomada do levantamento, prevista para ocorrer em 2021, tendo como referência o ano de 2020.

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