Cientistas desenvolvem equipamento que acelera o processo de clonagem de plantas (foto: Embrapa)
Pesquisadores da Embrapa desenvolvem equipamento que acelera o processo de clonagem de plantas. Menor mão-de-obra, ciclo de produção mais rápido e menor custo das mudas são algumas das vantagens
Pesquisadores da Embrapa desenvolvem equipamento que acelera o processo de clonagem de plantas. Menor mão-de-obra, ciclo de produção mais rápido e menor custo das mudas são algumas das vantagens
Cientistas desenvolvem equipamento que acelera o processo de clonagem de plantas (foto: Embrapa)
Agência FAPESP - Um equipamento destinado a clonar plantas de alto interesse agronômico foi desenvolvido por meio de uma parceria entre pesquisadores de duas unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília: a Embrapa Café e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. A invenção é uma espécie de fábrica de plantas, capaz de acelerar o processo de multiplicação das mudas.
O sistema foi idealizado por meio de um biorreator que funciona a partir de frascos de vidro interligados por tubos de borracha. "O biorreator é carregado com os materiais a serem reproduzidos, como células ou embriões das plantas. O material vegetal é cultivado por meio de trocas gasosas e na presença de meio nutritivo líquido", disse João Batista Teixeira, responsável pelo desenvolvimento do equipamento, à Agência FAPESP.
O pesquisador explica que o biorreator é apenas um componente importante de todo o processo da clonagem. "O equipamento não é uma unidade completa. Existe uma fase anterior, que começa com a coleta e o isolamento de material vegetal, e uma fase de aclimatação posterior ao biorreator, em que as plantas seguem para uma casa de vegetação com controle de umidade e temperatura", explica.
Entre as vantagens do processo com relação aos métodos tradicionais de produção de mudas, Teixeira cita a possibilidade de redução do envolvimento de mão-de-obra, a aceleração do ciclo de produção, o aumento da produtividade e a diminuição do custo da muda final. Os primeiros testes foram realizados, com sucesso, em mudas de café.
"No processo convencional utilizam-se centenas de frascos para um determinado número de planta. No biorreator, é possível usar apenas um grande frasco de vidro para a mesma quantidade de mudas. Só com a economia de mão-de-obra, o custo cai 40%", afirma,
Devido à grande adaptabilidade do equipamento a diversas espécies vegetais, os pesquisadores acreditam que ele possa ser eficaz também em outros setores, como na fruticultura e na produção de plantas ornamentais. O biorreator será apresentado ao público durante a 2ª Conferência Mundial do Café, de 23 a 25 de setembro, em Salvador.
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