Cristina Ropke e Silvia Barros, da FCF da USP, aliaram ciência com tecnologia
Estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, feito por Cristina Ropke e Sílvia Barros (foto), mostrou que a planta pariparoba é eficiente na proteção da pele contra os raios UV. Acordo assinado nesta terça (23/11) licencia a descoberta para a iniciativa privada
Estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, feito por Cristina Ropke e Sílvia Barros (foto), mostrou que a planta pariparoba é eficiente na proteção da pele contra os raios UV. Acordo assinado nesta terça (23/11) licencia a descoberta para a iniciativa privada
Cristina Ropke e Silvia Barros, da FCF da USP, aliaram ciência com tecnologia
Desenvolvida no laboratório da professora Sílvia Berlanga de Moraes Barros, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a tese de doutorado da pesquisadora Cristina Ropke é que revelou propriedades importantes da pariparoba. A planta arbustiva da Mata Atlântica brasileira mostrou ter propriedades que podem proteger a pele humana contra os raios ultravioleta. E isso, ainda mais com o embasamento científico obtido, interessou bastante a iniciativa privada.
"Esse acordo de licenciamento é muito importante para todos os envolvidos. Ele tem características fundadoras" disse Vogt durante a assinatura do contrato. Pelo que foi estabelecido, a empresa vai pagar pelo uso desse conhecimento e os recursos oriundos desse acordo serão divididos meio a meio entre a USP, geradora do conhecimento, e a FAPESP, financiadora do projeto de pesquisa. Segundo o presidente da FAPESP, a fundação, por meio dos mecanismos de gestão de processos já criados, pretende cada vez mais agilizar parcerias como essas. "Agora temos uma espécie de protocolo consagrado", afirmou.
A escolha da empresa Natura se deu a partir de uma licitação pública. Esse é o sétimo processo nesses moldes feitos pela Universidade de São Paulo. Segundo a professora Silvia, que resolveu que era o momento certo de se procurar um parceiro privado quando percebeu a importância da descoberta científica, isso tudo foi feito como uma forma de proteção. "O pedido de patente, e esse acordo, tem como objetivo trazer garantias para a pesquisa brasileira, para o conhecimento gerado na universidade", disse Silvia à Agência FAPESP .
A expectativa da cientista da USP é que a partir desse processo, e do aprendizado que ele gerou inclusive do ponto de vista burocrático, novas parcerias entre a iniciativa privada e a universidade possam ocorrer. "O caminho está aberto. No meu caso, inclusive, a boa aceitação dos meus alunos em participar desse processo pode ser considerada fundamental para que o final tenha sido feliz", disse.
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