Exploração remota
26 de setembro de 2005

Programa educacional disponibiliza telescópios a escolas de ensino fundamental, médio e superior. A partir da internet, alunos podem movimentar a câmera dos equipamentos

Exploração remota

Programa educacional disponibiliza telescópios a escolas de ensino fundamental, médio e superior. A partir da internet, alunos podem movimentar a câmera dos equipamentos

26 de setembro de 2005

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - Mais três telescópios passam a integrar o programa educacional "Telescópios na escola". Os equipamentos já estão disponíveis a estudantes empenhados em desvendar os mistérios do Universo. Somado ao telescópio do Miniobservatório Astronômico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, o programa conta agora com quatro instrumentos para serem operados também pela internet.

Os telescópios que ingressam no programa funcionam no observatório Abrahão de Moraes, mantido pela Universidade de São Paulo (USP) em Valinhos (SP), no observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na capital fluminense, e na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

O projeto, destinado a instituições de ensino fundamental, médio e superior, permite que os equipamentos sejam utilizados por meio de observações remotas, ou seja, o usuário não precisa estar presente no local em que se encontra o telescópio. O observador direciona a câmera astronômica a partir de um site na internet para que as imagens dos astros sejam digitalizadas na tela do computador.

"A idéia é utilizar a astronomia para motivar o ensino de ciências em geral. Várias pesquisas mostram que a astronomia é uma das principais formas para motivar crianças e adolescentes no estudo científico", disse Laerte Sodré Jr., coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

O programa pretende estimular as investigações científicas em astronomia e em outras áreas do conhecimento, como física, geografia, informática e matemática. Os alunos podem, por exemplo, analisar a dinâmica das estrelas, planetas, asteróides, cometas e galáxias. A observação virtual permite até o registro de um grande fenômeno astronômico em tempo real.

Para participar, as escolas precisam se cadastrar gratuitamente no site do programa e agendar uma observação remota. "Na página, são oferecidos alguns projetos científicos que podem ser desenvolvidos a partir das observações, incluindo vários exercícios para a sala de aula", explica Sodré Jr.

De acordo com o pesquisador, em breve mais três telescópios estarão disponíveis: o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, o do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP), em São Paulo, e o equipamento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal.

"Nosso programa educacional está aberto a instituições que tenham telescópios disponíveis e queiram fazer parte da rede de observatórios remotos. Desse modo, será possível expandir as observações para outros sítios astronômicos", conta o pesquisador do Departamento de Astronomia do IAG/USP.

Mais informações: www.telescopiosnaescola.pro.br.


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