Instituto tem à frente Miguel Nicolelis, cientista brasileiro que vive nos EUA (foto: Un. Duke)

Evento lança instituto de neurociência
02 de março de 2004

Simpósio que começa nesta quarta (3/3) marca o lançamento do Instituto Internacional de Neurociência de Natal, iniciativa de Miguel Nicolelis (foto) e de outros dois cientistas brasileiros que vivem nos EUA. A Agência FAPESP estará cobrindo o encontro que reunirá, durante cinco dias, 300 especialistas de diversos países

Evento lança instituto de neurociência

Simpósio que começa nesta quarta (3/3) marca o lançamento do Instituto Internacional de Neurociência de Natal, iniciativa de Miguel Nicolelis (foto) e de outros dois cientistas brasileiros que vivem nos EUA. A Agência FAPESP estará cobrindo o encontro que reunirá, durante cinco dias, 300 especialistas de diversos países

02 de março de 2004

Instituto tem à frente Miguel Nicolelis, cientista brasileiro que vive nos EUA (foto: Un. Duke)

 

Por Eduardo Geraque, de Natal

Agência FAPESP - Pesquisa de ponta mundial e impacto regional. A partir dessas duas frentes começa nesta quarta-feira (3/3) o Simpósio Inaugural do Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN), ambicioso projeto que deve estar com os seus laboratórios em funcionamento a partir de 2006.

O evento marca a inauguração do centro, que conta com um terreno de 100 hectares na capital do Rio Grande do Norte. Além disso, o Ministério da Ciência e Tecnologia já investiu R$ 1 milhão no projeto. Segundo o idealizador do centro, o cientista paulistano Miguel Nicolelis, que há 15 anos vive nos Estados Unidos, o custo total do IINN está estimado em 30 milhões de dólares.

Para discutir o futuro do projeto e ainda as principais novidades mundiais da neurociência, Nicolelis estará reunido com um grupo de 300 cientistas até domingo, em Natal. Entre eles, o alemão Erwin Neher, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina de 1991 pelo estudo de canais iônicos celulares.

Outras referências importantes também estarão presentes no simpósio, como o francês Yves Fregnac, do Instituto de Neurobiologia Alfred Fressard, e o argentino naturalizado brasileiro Ivan Izquierdo, professor titular de bioquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Nicolelis já conseguiu outros financiamentos importantes para o IINN. A Universidade de Duke, onde o pesquisador brasileiro trabalha, investiu 50 mil dólares num laboratório que será montado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Essa instalação será usada no futuro pelo instituto, que trás à frente, além de Nicolelis, outros dois cientistas brasileiros que vivem nos Estados Unidos: Sidarta Ribeiro, da Universidade de Duke, e Cláudio Mello, da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon.

A Agência de Pesquisa em Projetos Avançados do Pentágono (Darpa) também resolveu investir na iniciativa e ofereceu 40 mil dólares para a realização do evento inaugural. No total das doações particulares obtidas nos Estados Unidos, o centro de Natal já conta com 1,5 milhão de dólares.

Segundo os idealizadores, tanto os professores como os alunos de pós-graduação de Natal estarão inseridos nas atividades do IINN. Faz parte dos planos a criação de uma escola com currículos inovadores para atender a crianças da região e de um centro de atendimento em saúde mental. Outro objetivo é a instalação de um museu de ciência.

Mais informações: www.natalneuro.com


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