Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto (imagem: Frontiers for Young Minds)

Estudantes revisam redação de estudo feito em Oxford
20 de setembro de 2018

Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto

Estudantes revisam redação de estudo feito em Oxford

Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto

20 de setembro de 2018

Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto (imagem: Frontiers for Young Minds)

 

Agência FAPESP * – Quatro alunos do ensino médio, que participaram da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto da USP, fizeram a revisão redacional de um estudo publicado por Andrew Parker, do Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da University of Oxford, no Reino Unido.

O artigo foi publicado na plataforma on-line Frontiers for Young Minds com o título Fakes and Forgeries in the Brain Scanner.

Ligada ao Centro de Terapia Celular (CTC) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiados pela FAPESP –, a Casa da Ciência desenvolve atividades educacionais relacionadas à pesquisa científica para alunos e professores da rede básica de ensino.

Os autores da revisão são Douglas Barboza, Luan Bertoloti, Maria Eduarda Jurado e Olavo Caetano Inácio, alunos do ensino médio que foram orientados pelo professor Guilherme Lucas, do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

A Frontiers for Young Minds tem a proposta de publicar as descobertas científicas em uma linguagem acessível ao público mais jovem. A ideia central é que estudantes e cientistas trabalhem juntos para criar artigos que sejam ao mesmo tempo precisos e estimulantes. Pesquisadores de destaque internacional são convidados a escrever sobre os mais recentes estudos e cabe ao jovens, com a ajuda de um mentor científico, auxiliar os autores na redação final.

Os estudantes têm uma semana para ler o artigo e tentar responder perguntas do tipo: “O vocabulário e as sentenças são adequados?”; “Os autores fornecem informações suficientes para o entendimento do trabalho deles?”; “As imagens e gráficos ajudam a entender o texto?”; “Que sugestões você faria para tornar o texto mais fácil de entender ou mais interessante?”.

Desse modo, os alunos também aprendem como funciona o processo de revisão de artigos científicos e entendem a importância da parceria entre o autor e os revisores.

“Tivemos um pouco de medo, pois teríamos que revisar um artigo em outra língua escrito por um PhD em ciências naturais e torná-lo acessível para que qualquer pessoa pudesse entender com facilidade”, disse Maria Eduarda Jurado em comunicado do CTC.

O estudo de Andrew Parker foi publicado originalmente em 2011, na revista científica Frontiers in Human Neuroscience. Nele, Parker e outros autores colocaram pessoas em um escâner para medir as respostas cerebrais, enquanto elas recebiam opiniões diferentes sobre a mesma obra de arte do pintor holandês Rembrandt.

Para alguns observadores os cientistas contavam que o retrato era um Rembrandt genuíno e para outros que era falso. As respostas cerebrais analisadas mais interessantes foram encontradas nas pessoas informadas de que as pinturas eram falsas.

O artigo aponta que, quando são dadas opiniões diferentes sobre a mesma obra de arte, as pessoas parecem mudar suas próprias opiniões e atitudes. Ao analisar os cérebros, os cientistas foram capazes de verificar o que ocorre quando a opinião é alterada por novas informações. Duas partes do cérebro, uma envolvida no planejamento estratégico (córtex frontopolar) e outra envolvida na visão (córtex occipital), pareciam trabalhar juntas quando as pessoas pensavam que as pinturas eram falsas.

A ideia de contribuir com a revisão do artigo surgiu de Lucas. “Os alunos que revisaram o artigo já haviam passado pela Casa da Ciência e participaram de um projeto de iniciação científica júnior no meu laboratório. Foi um prazer muito grande trabalhar com eles”, disse o docente da FMRP.

* Com Eduardo Loria Vidal, gestor de Difusão do CTC-USP.
 

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