Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto (imagem: Frontiers for Young Minds)
Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto
Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto
Artigo foi publicado com linguagem acessível na plataforma Frontiers for Young Minds. Revisão foi feita por ex-alunos da Casa da Ciência de Ribeirão Preto (imagem: Frontiers for Young Minds)
Agência FAPESP * – Quatro alunos do ensino médio, que participaram da Casa da Ciência do Hemocentro de Ribeirão Preto da USP, fizeram a revisão redacional de um estudo publicado por Andrew Parker, do Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da University of Oxford, no Reino Unido.
O artigo foi publicado na plataforma on-line Frontiers for Young Minds com o título Fakes and Forgeries in the Brain Scanner.
Ligada ao Centro de Terapia Celular (CTC) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiados pela FAPESP –, a Casa da Ciência desenvolve atividades educacionais relacionadas à pesquisa científica para alunos e professores da rede básica de ensino.
Os autores da revisão são Douglas Barboza, Luan Bertoloti, Maria Eduarda Jurado e Olavo Caetano Inácio, alunos do ensino médio que foram orientados pelo professor Guilherme Lucas, do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
A Frontiers for Young Minds tem a proposta de publicar as descobertas científicas em uma linguagem acessível ao público mais jovem. A ideia central é que estudantes e cientistas trabalhem juntos para criar artigos que sejam ao mesmo tempo precisos e estimulantes. Pesquisadores de destaque internacional são convidados a escrever sobre os mais recentes estudos e cabe ao jovens, com a ajuda de um mentor científico, auxiliar os autores na redação final.
Os estudantes têm uma semana para ler o artigo e tentar responder perguntas do tipo: “O vocabulário e as sentenças são adequados?”; “Os autores fornecem informações suficientes para o entendimento do trabalho deles?”; “As imagens e gráficos ajudam a entender o texto?”; “Que sugestões você faria para tornar o texto mais fácil de entender ou mais interessante?”.
Desse modo, os alunos também aprendem como funciona o processo de revisão de artigos científicos e entendem a importância da parceria entre o autor e os revisores.
“Tivemos um pouco de medo, pois teríamos que revisar um artigo em outra língua escrito por um PhD em ciências naturais e torná-lo acessível para que qualquer pessoa pudesse entender com facilidade”, disse Maria Eduarda Jurado em comunicado do CTC.
O estudo de Andrew Parker foi publicado originalmente em 2011, na revista científica Frontiers in Human Neuroscience. Nele, Parker e outros autores colocaram pessoas em um escâner para medir as respostas cerebrais, enquanto elas recebiam opiniões diferentes sobre a mesma obra de arte do pintor holandês Rembrandt.
Para alguns observadores os cientistas contavam que o retrato era um Rembrandt genuíno e para outros que era falso. As respostas cerebrais analisadas mais interessantes foram encontradas nas pessoas informadas de que as pinturas eram falsas.
O artigo aponta que, quando são dadas opiniões diferentes sobre a mesma obra de arte, as pessoas parecem mudar suas próprias opiniões e atitudes. Ao analisar os cérebros, os cientistas foram capazes de verificar o que ocorre quando a opinião é alterada por novas informações. Duas partes do cérebro, uma envolvida no planejamento estratégico (córtex frontopolar) e outra envolvida na visão (córtex occipital), pareciam trabalhar juntas quando as pessoas pensavam que as pinturas eram falsas.
A ideia de contribuir com a revisão do artigo surgiu de Lucas. “Os alunos que revisaram o artigo já haviam passado pela Casa da Ciência e participaram de um projeto de iniciação científica júnior no meu laboratório. Foi um prazer muito grande trabalhar com eles”, disse o docente da FMRP.
* Com Eduardo Loria Vidal, gestor de Difusão do CTC-USP.
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