Cientistas norte-americanos descobrem que o hipocampo tem um papel crítico não apenas na memória espacial mas também no reconhecimento de objetos (foto: Brainexplorer)
Cientistas norte-americanos descobrem que o hipocampo tem um papel crítico não apenas na memória espacial mas também no reconhecimento de objetos. Danos à essa região cerebral pode afetar os dois tipos de memória
Cientistas norte-americanos descobrem que o hipocampo tem um papel crítico não apenas na memória espacial mas também no reconhecimento de objetos. Danos à essa região cerebral pode afetar os dois tipos de memória
Cientistas norte-americanos descobrem que o hipocampo tem um papel crítico não apenas na memória espacial mas também no reconhecimento de objetos (foto: Brainexplorer)
De acordo com a pesquisa, que será publicada pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences, danos ao hipocampo representam prejuízos tanto na memória espacial quanto na de reconhecimento de objetos. Essenciais para a realização de atividades diárias, a primeira faz com que o indivíduo se lembre, por exemplo, das ruas de seu bairro, enquanto a outra permite encontrar no armário a roupa favorita.
Para determinar a relação entre o tamanho da lesão no hipocampo e o grau de severidade da perda da memória, Robert Clark, da Universidade da Califórnia em San Diego, e colegas, injetaram ácido ibotênico em cérebros de ratos para destruir seletivamente o tecido hipocampal. Em seguida, os pesquisadores examinaram os déficits na memória especial por meio da análise da habilidade dos animais em percorrer ambientes e se deparar com objetos novos e conhecidos colocados nas gaiolas.
Os autores observaram que, quando de 30% a 50% do hipocampo dorsal era destruído, a memória espacial ficava severamente prejudicada. O aumento nos danos não piorava o déficit. Por outro lado, o reconhecimento de objetos se tornava comprometido somente depois que o hipocampo era quase que completamente destruído.
"Os resultados demonstram que o hipocampo é importante tanto para a memória espacial como para a memória de reconhecimento. Apesar disso, o rendimento da primeira memória exige mais tecido hipocampal do que a segunda", disseram os autores.
Segundo eles, estudos anteriores provavelmente não mostraram a importância do hipocampo no reconhecimento de objetos porque a quantidade de tecido danificado não era suficiente para revelar os prejuízos.
O artigo Spatial memory, recognition memory, and the hippocampus foi escrito por Robert E. Clark, Nicola J. Broadbent e Larry R. Squire, pode ser lido no site da PNAS, em www.pnas.org
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