Estratégia atual dos medicamentos contra a Aids é trabalhar sobre o vírus, em uma determinada enzima
(W. Castilhos)
Para cientistas como Mauro Schechter, da UFRJ, ainda é cedo para falar em eficácia das novas abordagens no tratamento do HIV, como os inibidores de CCR5
Para cientistas como Mauro Schechter, da UFRJ, ainda é cedo para falar em eficácia das novas abordagens no tratamento do HIV, como os inibidores de CCR5
Estratégia atual dos medicamentos contra a Aids é trabalhar sobre o vírus, em uma determinada enzima
(W. Castilhos)
Agência FAPESP - Duas das principais novas estratégias para o tratamento do HIV que estão sendo analisadas atualmente, os inibidores de integrase e os inibidores de CCR, têm como grande preocupação a toxicidade dessas abordagens.
"Ainda não sabemos se vão ocorrer os mesmos efeitos colaterais que os observados com os inibidores de protease. Não temos resultados seguros", disse Jean-François Delfraissy, diretor da Agência Nacional de Pesquisas sobre Aids (ANRS) da França, durante a 3ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids (IAS) sobre Patogênese e Tratamento do HIV/Aids, que terminou na quarta-feira (27/7), no Rio de Janeiro.
A estratégia dos medicamentos atuais é trabalhar sobre o vírus, em uma determinada enzima, tentando evitar que o vírus se multiplique. A abordagem dos inibidores de integrase é semelhante. Os inibidores de CCR5, por sua vez, atuariam no receptor, característica que os torna diferentes. A idéia é inibir a entrada do HIV, em vez de atacá-lo.
"Uma das chaves para a entrada do vírus na célula é o CCR5. É como se os inibidores de CCR5 fossem bloquear o ‘buraco da chave’ que o vírus utiliza", explicou Mauro Schechter, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e co-presidente da conferência. Para o infectologista, no entanto, ainda é cedo para falar em eficácia.
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